Há 14 anos, Ceará atingia recorde de açudes sangrando

O maior número de reservatórios vertendo no Estado foi registrado em 2009. Naquele ano, o Ceará teve chuvas acima da média

14:30 | Mar. 20, 2023

Por: Marcela Tosi
Em maio de 2009, o Castanhão estava com 95,57% (foto: Fco Fontenele)

Há 14 anos, o Ceará atingia o maior número de açudes sangrando ao mesmo tempo na história do Estado. O recorde foi em 10 de maio de 2009, quando 107 reservatórios chegaram ao máximo da capacidade, indica o banco de dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Segundo o Portal Hidrológico do Ceará, plataforma mantida pela Cogerh, naquela data o Estado tinha reservas equivalentes a 88,4% da capacidade de armazenamento. Dos 147 açudes monitorados pela Companhia naquele ano, apenas seis tinha volumes inferiores a 30% na data do recorde.

Em maio de 2009, o Estado registrou média de 241 milímetros (mm) de chuva, conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O mês anterior teve acumulado de 378,1 mm. Ambos os valores são mais que o dobro da média histórica para os referidos meses.

Abril de 2009 teve média de precipitações de 378,1 mm, um desvio de 101,1%. Já em maio foram 241 mm, sendo um desvio de 166,1% em relação ao esperado.

Em 2023, o Ceará chega a 24 açudes sangrando nesta segunda-feira, 20. A reserva hídrica do Estado está em 33,8% da capacidade total.

Dos quatro maiores reservatórios do Estado, apenas o Araras, na Bacia do Acaraú, encontra-se em situação confortável, com 73,6% da capacidade.

O açude Orós está com 47,5%; o Castanhão, com 20,6%; e o Banabuiú, com apenas 10%.