Quadra chuvosa: Ceará alcança marca de 13 açudes sangrando em 2023

Monitoramento da Cogerh sobre reservatórios aponta que reserva hídrica do Ceará está com mais de 30% da capacidade; outros nove açudes estão acima de 90%

11:57 | Mar. 17, 2023

Por: Bemfica de Oliva
Quadra chuvosa: Ceará tem14 açudes sangrando nesta sexta-feira, 17 (foto: Divulgação/Cogerh)

Entre 157 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 13 açudes do Ceará atingiram a capacidade máxima, e outros dez com volume acima de 90%. No mesmo período, em 2022, oito reservatórios estavam sangrando e outros sete estavam acima dos 90%. Os dados foram coletados por volta das 10h30min desta sexta-feira, 17, no Portal Hidrológico, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Após fortes chuvas na região, o açude São Pedro da Timbaúba, no município de Miraíma, tornou-se o 13º açude a sangrar na manhã desta sexta-feira, 17.

 

Segundo a  Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), os açudes menores são os primeiros a sangrar. Por isso, embora em número de reservatórios a notícia seja positiva, em valores totais pouca coisa mudou.

O Ceará está com 32,3% da capacidade hídrica abastecida. Em janeiro, esse número era de 31,4%.

Nenhum dos três maiores reservatórios do Estado possuem um volume acima dos 50%. O Castanhão, maior açude do Ceará, possui 19,87% do nível preenchido; Orós está com 46,41% e Banabuiú, 9,08%. Além disso, outros 64 reservatórios estão com volume inferior a 30%.

Entre as bacias hidrográficas, a de Coreaú é a que tem a maior reserva: 76,1% da capacidade está preenchida. Em segundo lugar vem a do Baixo Jaguaribe, com 70,7%. Acaraú, Litoral Norte e Região Metropolitana de Fortaleza apresentam índices acima de 60%.

Segundo João Lúcio Farias, presidente da Cogerh, é necessário aguardar o fim da quadra chuvosa para traçar um diagnóstico definitivo sobre as reservas hídricas do Ceará.

O motivo é que as chuvas são distribuídas de forma irregular tanto na área do Estado quanto no tempo. Deste modo, o órgão realiza o monitoramento contínuo dos açudes, mas emite os relatórios apenas ao fim do período. (Colaborou Gabriel Damasceno/Especial para O POVO)

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