Tribunal Eclesiástico do Ceará tem primeira mulher leiga a ser nomeada como juíza

Jéssica Mara Nogueira fez o juramento de fidelidade no dia 15 deste mês, sob a presença do Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Aparecido, responsável pela nomeação

O Tribunal Eclesiástico do Ceará tem a primeira mulher leiga a ser nomeada para o cargo de juíza eclesiástica. A advogada Jéssica Mara Nogueira fez o juramento de fidelidade no dia 15 deste mês, sob a presença do Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Aparecido, responsável pela nomeação.

Jéssica entrou no tribunal em 2018 como auditora e desde então passou por processos de capacitação, chegando a se especializar em Direito Canônico. Sua nomeação ao cargo de juíza foi autorizada no ano passado pelo Supremo Tribunal da Rota Romana, órgão superior de apelação (recurso) da Santa Sé.

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"Para julgar os processos de nulidade matrimonial é formado um Tribunal Colegial composto por três juízes, onde cada um, após análise dos autos, declara seu voto: se é a favor da nulidade ou contra. Então, como juíza eclesiástica, vou atuar nas sessões de julgamento emitindo meu voto sobre os processos", diz a advogada, explicando o cargo que passou a ocupar.

Formada em Direito há sete anos, Mara afirma que ser juíza eclesiástica "não era algo que buscava", pois o Direito Canônico não é estudado no curso. Foi quando começou a atuar no Tribunal Eclesiástico que passou a se interessar por esse ramo e a cogitar a possibilidade de chegar a atuar nele um dia. 

"Após esses quatro anos de dedicação ao Tribunal Eclesiástico, e com o conhecimento prático e teórico, obtive essa honraria de ser nomeada juíza", conta Jéssica. Quanto ao fato de ser a primeira mulher leiga a assumir a função, a advogada mostra que sabe da importância disso.

"Para mim é uma imensa honra ser a primeira mulher leiga nomeada Juíza Eclesiástica na história do Tribunal Eclesiástico do Ceará. Isso traz à tona a importância da presença feminina no âmbito eclesial, reconhecendo a mulher como coparticipante na construção de uma Igreja cada vez mais justa. E reitero meu compromisso em dedicar-me a serviço da Igreja de Cristo, de modo a cumprir uma das finalidades do Direito Canônico, que é a salvação das almas", dispara.

 

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