Ceará tem 24 casos de dengue grave e 17 mortes em 2022

De janeiro a novembro, o Estado registrou 38.487 casos de dengue. Quatro em cada dez pacientes tinham idade entre 20 e 39 anos

12:34 | Dez. 28, 2022

Por: Marcela Tosi
Os focos do Aedes aegypti no Ceará são identificados principalmente em depósitos ao nível do solo, como barril, poço, tambor e tanque (foto: Aurélio Alves/O POVO)

De janeiro a novembro, foram registrados 86.587 casos de arboviroses no Ceará. Destes, 44,4% foram de dengue, totalizando 38.487 casos. Foram confirmados 238 casos de dengue com sinais de alarme e 24 casos de dengue grave. Até a 48ª semana epidemiológica, encerrada no dia 3 de dezembro, 17 cearenses morreram pela dengue.

A Secretaria da Saúde (Sesa) ressalta que 26,7% dos casos confirmados ocorreram em menores de 19 anos e 40,4% dos pacientes tinham idade entre 20 e 39 anos. Mais da metade dos casos (57%) foram registrados em pessoas do sexo feminino.

Os 17 óbitos por dengue aconteceram nos municípios de Fortaleza (4 mortes), Quixadá (2 mortes), Apuiarés (1), Aratuba (1), Boa Viagem (1), Cascavel (1), Crateús (1), General Sampaio (1), Itapipoca (1), Massapê (1), Mauriti (1), Russas (1) e Sobral (1). As idades variaram entre dois meses e 88 anos, sendo nove do sexo masculino. 

Na vigilância laboratorial, a dengue tipo 1 foi identificada em 17 municípios e a tipo 2, em 36 municípios. Destacam-se nove municípios com circulação simultânea de ambos os sorotipos, além da circulação do vírus da chikungunya.

O controle e a prevenção da dengue dependem do controle do mosquito transmissor dos vírus, o que é quantificado pela Sesa por meio do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). A pasta mostra que 152 municípios têm baixa infestação do mosquito e 29 têm média infestação.

Três municípios destacam-se com índices considerados altos para a presença do Aedes aegypti: Ipu, Canindé e Parambu.

Os focos do mosquito predominaram nos depósitos localizados ao nível do solo: 51% dos criadouros foram identificados em recipientes como barril, poço, tambor e tanque. Em seguida estão os chamados depósitos móveis (como vasos, frascos, pratos, bebedouros e baldes), onde foram encontrados 24% dos focos.