Elmano defende expansão do ensino integral para todo o País com apoio da União

Governador eleito participou de encontro nesta quinta-feira, 15, em Brasília, para discutir formulação de novas políticas educacionais com foco no pós-pandemia

O governador eleito do Ceará, Elmano Freitas (PT), defendeu que a União ofereça apoio técnico e financeiro para estados e municípios implantarem o modelo de educação em tempo integral adotado na rede estadual cearense como estratégia para a recomposição de aprendizagens no ensino  básico, a partir de 2023. A sugestão foi apresentada durante reunião promovida pela Unesco e o movimento Todos Pela Educação nesta quinta-feira, 15, em Brasília.

O encontro contou com a participação de 17 governadores –eleitos e reeleitos– e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O fortalecimento do pacto federativo para enfrentamento aos desafios impostos pela pandemia à educação pública foi o tema central da reunião.

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Elmano ressaltou a necessidade dos entes federativos estabelecerem uma linha de atuação unificada para implantar soluções conjuntas com o objetivo de reduzir desigualdades educacionais, compartilhar experiências exitosas e acelerar o processo de aprendizagem dos alunos.

“Penso que aqui nós temos uma oportunidade histórica de fixarmos uma meta para nossa nação que a educação básica seja prioridade dos governadores e prefeitos. E a melhoria da educação básica passa por termos mais escolas em tempo integral e uma ação unificada entre União, estados e prefeituras”, ponderou.

A expansão do modelo de ensino integral para todo o País, na visão de Elmano, requer assistência técnica e financeira do Governo Federal aos estados e municípios. “Precisamos de mecanismos de estímulos, principalmente para os municípios pequenos, para que tenham condições de implantar essa política de ensino”, assinalou.

Na linha do que defende o próximo governador cearense, a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, ressaltou que a colaboração entre União, estados e municípios é fundamental para a construção de novas políticas educacionais com foco na recuperação das aprendizagens no pós-pandemia.

A dirigente apresentou, durante a reunião, o esboço do projeto “Pacto Pela Aprendizagem”, que reúne um conjunto de compromissos coletivos para o fortalecimento de uma agenda comum entre presidente da República, governadores e prefeitos na gestão da Educação pública.

As primeiras propostas apresentadas envolvem a criação do consórcio de governadores da Amazônia legal para a Educação; erradicação do analfabetismo; integração de políticas públicas sociais e educacionais; implantação de programas para fortalecer a gestão escolar; expansão do ensino profissionalizante e criação de uma Câmara Técnica da Educação no âmbito do fórum de governadores.

"Estamos diante de uma possibilidade de virada de página que o Brasil precisa fazer", assinalou Priscila ao anunciar as medidas. A representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, afirmou que a reunião desta quinta marca “um dia de redenção para o Brasil, após quatro anos de muito ataque à Educação brasileira”.

Último a discursar, Geraldo Alckmin apontou três prioridades do futuro governo na gestão educacional a partir de janeiro: construção de creches, ampliação do investimento em merenda escolar e expansão do ensino profissionalizante. O vice-presidente eleito enfatizou que o êxito das ações depende de um esforço conjunto entre os entes federativos. “Quando trabalhamos juntos, a gente consegue avançar mais”.

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