O POVO se destaca em duas categorias no Prêmio Adepec de Jornalismo
A divulgação da lista dos profissionais premiados ocorreu na noite desta sexta-feira, 18; matérias foram destaques em duas categorias.O Grupo de Comunicação O POVO teve quatro reportagens premiadas no IV Prêmio Adepc de Jornalismo, uma delas conquistando o 1° lugar. A divulgação da lista das produções e profissionais premiados ocorreu na noite desta sexta-feira, 18. Matérias foram destaques em duas categorias.
Na categoria Jornalismo, foi premiada em 1° lugar a reportagem "Por dia, Justiça expediu 18 mandados de prisão de pais que não pagaram pensão no Ceará", produzida pela repórter do O POVO Jéssika Sisnando.
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"Eu queria unir em uma reportagem as principais dúvidas sobre a ação de alimentos, um material que fosse referência e que ajudasse a entender os direitos referentes a pensão de alimentos e abandono afetivo. Mostrar que existe a garantia desses direitos e trazer informação para pessoas em situação de vulnerabilidade. É um direito das crianças e adolescentes", conta a profissional.
Já em 2° lugar ficaram duas produções, que tratam sobre o mesmo tema, sendo elas: "Neon Cunha: "A humanidade está em transição" e "Mutirão entrega novas certidões de nascimento para 172 pessoas trans", ambas produzidas pelo O POVO. A equipe premiada conta com a repórter Bemfica de Oliva (apuração e redação), o repórter Lucas Barbosa (redação) e a fotografia de Fernanda Barros.
Para a jornalista Bemfica de Oliva, primeira e única repórter trans no Ceará, a pauta em geral, que se desdobra entre a entrega das certidões e uma entrevista com a primeira pessoa trans no Brasil a conseguir mudar de nome legalmente sem passar por avaliação psiquiátrica, foi "muito emblemática", pois mostrou a vivência trans em um aspecto "fora do habitual deste grupo", que é "sempre ser representado em matérias de Segurança" ou por razões artísticas.
"Ver dezenas de pessoas trans ocupando um espaço público não para apenas reclamar o respeito aos nossos direitos humanos básicos, mas também para celebrar a nossa existência, foi de uma alegria que poucas vezes tive. Me emocionou muito ver uma série de entidades e órgãos públicos (...) Olhando para nós e dizendo 'o que vocês estão pedindo, realmente, não é nada absurdo, é o básico, e estamos aqui para ajudar'', frisa.
"Este tipo de apoio, que deveria ser a regra, infelizmente segue sendo exceção. Mas nos ajuda a entender que estamos tendo reconhecimento nas nossas demandas, e que temos sim o direito de que nos entendam como seres humanos", destacou ainda a jornalista.
Categoria Webjornalismo
Já na categoria Webjornalismo ficou em 2° lugar a reportagem seriada (com três episódios) "Órfãos da Covid", que contou com a produção das jornalistas Catalina Leite e Flávia Oliveira, ambas do O POVO. Para Flávia, o material produzido "é importante porque expõe mais uma situação desoladora relacionada à pandemia de Covid-19, que é o desalento pelo qual milhares de crianças e adolescentes têm passado porque perderam os pais ou responsáveis por causa da doença".
"Apesar de ser um tema pesado, a reportagem também mostra que há pessoas comuns, políticos e organizações empenhados em fazer alguma coisa em prol dessas crianças. Espero ter conseguido passar no texto pelo menos um pouco dessa esperança por dias melhores para nossos pequenos cearenses e que essa mobilização ganhe cada vez mais força", destaca ainda a repórter.