Ceará: três açudes seguem sangrando em novembro

Dados foram extraídos do monitoramento realizado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado (Cogerh)

Três açudes seguem sangrando no Ceará neste mês de novembro e pelo menos oito estão com aporte acima de 90%. Dados foram extraídos do Portal Hidrológico, da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado (Cogerh), atualizado às 18h57min desta sexta-feira, 18. 

Sangram na Unidade Federativa os açudes Caldeirão (Saboeiro), Germinal (Palmácia) e Tijuquinha (Baturité). O primeiro localizado na bacia do Alto Jaguaribe e os dois últimos na Metropolitana.

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Em entrevista ao repórter Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, nesta sexta-feira, o gerente da Cogerh, Alberto Medeiros, comenta sobre o sangramento das barragens. Além disso, ele também fala a respeito dos açudes situados no Cariri cearense que estão na eminência de sangrarem.

"Essas chuvas do litoral do Pernambuco, da Paraíba que chegaram ate o sertão do Estado e da nossa região, e com isso causou essas chuvas esporádicas na região, bem mais intensas do que a gente tá acostumado", explica representante.

Neste ano o Ceará tem registrado fortes precipitações. Apesar de ser um período distante da quadra chuvosa, demarcada entre fevereiro e maio, o Estado registrou os meses de julho e de agosto mais chuvosos em 18 e 22 anos, respectivamente, conforme noticiado pelo O POVO há dois meses.

Entre os reservatórios que estão com a capacidade máxima atingida, o Germinal foi o primeiro a sangrar neste ano na Unidade Federativa. O Estado ainda tem oito açudes com capacidade acima de 90% e 64 com volume inferior a 30%.

Fora os açudes que estão sangrando, registram volume acima de 90% os reservatórios: Muquém (Cariús), Aracoiaba (Aracoiaba), Pacajus (Chorozinho), Pesqueiro (Capistrano) e Rosário (Lavras da Mangabeira).

Alerta é emitido para açudes que estão próximos de sangrar

Um alerta foi emitido nessa semana pela Cogerh, sobre pelo menos dois açudes que estão na eminência de sangrar na região do Cariri nesses próximos dias. "Por ser no mês de novembro, o pessoal não tá preparado pra isso. A gente emitiu o alerta para que o pessoal tirasse os animais e os equipamentos  quando tivessem no leito rio", explicou Alberto Medeiros.

Entre esses açudes está o Rosário (Lavras da Mangabeira), cuja expectativa da Cogerh, conforme gerente, era de que sangrasse no último fim de semana. Durante entrevista, Medeiros destaca ainda que os açudes do Cariri tem potencial de abastecimento suficiente para atender municípios por muito tempo.

"Felizmente, os anos de 2021 e 2022 nós tivemos quadras chuvosas bem favoráveis e esses açudes tiveram recarga suficiente pra atender esses municípios durante o ano de 2023, 2024. No caso de Lavras da Mangabeira, a gente tem a garantia até o ano de 2027. Então tá bem tranquilo mesmo a situação das cidades que são abastecidas por açudes", frisa.

 

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