Três estudantes radicados no CE conquistam medalha de ouro em Olimpíada de Química no México

A Olimpíada acontece anualmente desde 1996 e, em todas as edições, o Brasil esteve presente

08:29 | Nov. 17, 2022

Por: Gabriela Monteiro
Da esquerda para a direita está Rafael Ribeiro, Vinícius Farias, do Ceará; João Odebrecht, de São Paulo e Naílton de Castro também do Ceará (foto: Divulgação/ Sérgio Melo )

Quatro estudantes brasileiros conquistaram a medalha de ouro na Olimpíada Ibero-americana de Química, que aconteceu no México entre os dias 22 e 29 de outubro. A fase internacional acontece anualmente desde os anos 90 e o Brasil esteve presente em todas as edições. Esta é a primeira vez que todos os estudantes que representaram o País conquistaram o primeiro lugar no evento.

Três dos quatro alunos premiados são radicados no Ceará: os cearenses Naílton Gama de Castro e Vinicius Conrado Farias e o baiano Rafael Moreno Ribeiro, que estuda no Estado. Com isso, o destaque local em olimpíadas segue, como em outras edições. A quarta medalha de ouro foi para João Guilherme Odebrecht Rosa, de São Paulo.

O processo seletivo no Brasil acontece em seis fases com resultados cumulativos. Na primeira fase, participam alunos de escolas públicas ou particulares que são inscritos gratuitamente pelos professores ou coordenadores sem limite de inscrições. Na última fase são escolhidas duas equipes, uma segue para a Olimpíada Ibero-Americana de Química e a outra para International Chemistry Olympiad.

“Invade-nos o sentimento de orgulho pelo brilhante desempenho dos nossos representantes, e a certeza que o processo seletivo foi exitoso. Há sete anos o Brasil permanece na primeira posição deste certame olímpico. Neste ano, com maior brilho pela máxima premiação conquistada por todos da equipe”, diz o professor Sérgio Melo, coordenador da Olimpíada Brasileira de Química.

Quando perguntado se o processo de preparação dos alunos para as fases internacionais mudaria, o professor responde que não, que será mantido o mesmo nível de exigência em vigor. “O processo seletivo é muito exigente, os estudantes são avaliados por intermédio de exames teóricos e práticos. Portanto, além da teoria eles devem ter conhecimento de técnicas laboratoriais em química que envolvem a síntese ou a análise de substâncias”, completa.

A International Chemistry Olympiad - IChO é realizada, anualmente, no mês de julho e a Olimpíada Ibero-americana de Química - OIAQ realizada entre setembro e outubro de cada ano. Para trazer melhores resultados para os alunos da rede pública, o Programa Nacional Olimpíadas de Química tem apoio de patrocinadores como a Associação Brasileira de Álcalis, Cloro e Derivados, que segue auxiliando na formação de jovens.