Distribuição de medicamento para Covid-19 tem início no Ceará

Paxlovid é indicado para pacientes com risco de internações, complicações e mortes por causa do coronavírus

16:45 | Nov. 17, 2022

Por: Bruna Lira
 Paxlovid é indicado para quadros leves a moderados e com risco de complicações (foto: Kches16414/Wikimedia Commons/CC-BY-SA-4.0)

No início desta semana, o primeiro medicamento cientificamente comprovado para a Covid-19, intitulado Paxlovid, passou a ser distribuído no Ceará. Conforme a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), foram recebidos do Ministério da Saúde (MS) 1.950 tratamentos do antiviral, composto pelos remédios nimatrelvir e ritonavir.

Em nota, a Sesa informa que o fármaco está sendo distribuído em todas as regiões de saúde. No município de Fortaleza, a distribuição concentra-se no Hospital São José (HSJ), que é referência no tratamento da doença, e nas Farmácias Polo da Prefeitura Municipal (PMF).

Inicialmente, serão priorizados pacientes considerados vulneráveis, que correm risco de agravamento da doença, estejam do primeiro ao quinto dia de sintomas, com teste laboratorial positivo e prescrição médica.

A secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, Sarah Mendes, explica que o Paxlovid será distribuído, a princípio, para pessoas a partir de 18 anos com algum tipo de imunossupressão, de alto ou de baixo grau, e a população acima de 65 anos com ou sem comorbidades. Para a retirada do Paxolovid é preciso ainda da prescrição médica, que se dá por avaliação profissional e preenchimento de um formulário específico.

“Para que a medicação seja dispensada para esse público, é necessário que a pessoa tenha um teste positivo para a Covid-19, preferencialmente laboratorial. Portanto, os autotestes neste momento não estão sendo recomendados para a retirada da medicação”, aponta Sarah.

Além disso, ela pontua que a pessoa precisa estar até o quinto dia do início dos sintomas, pois o Paxlovid tem o propósito de evitar o agravamento e o óbito por Covid-19, é necessário que seja respeitada a janela de sintomas.

Vale destacar que o quantitativo enviado leva em conta critérios populacionais e média mensal de casos, conforme recomendações do Ministério da Saúde, e ainda não há previsão de recebimento de novo lote do MS. "Por se tratar de uma medicação estratégica, como outras medicações que são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, ela não está disponível para compra em farmácia comum ainda", diz a secretária executiva.

Ainda de acordo com a titular, a medicação é mais uma das estratégias de controle da pandemia, no entanto, a vacinação continua sendo o melhor método de combate à doença.