Monkeypox: Ceará tem 397 casos; 43 em mulheres e oito em crianças

Estado apresenta redução progressiva de novos casos confirmados da doença há quatro semanas

O Ceará soma 397 confirmações de casos de monkeypox. Desse total, 43 são do sexo feminino e oito em crianças entre zero e nove anos, sendo cinco meninas e três menino. Outros 346 são casos confirmados em homens adultos. O Estado apresenta redução progressiva de novos casos confirmados da doença há quatro semanas.

No novo boletim da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), divulgado nesta sexta-feira, 14, é observada a redução de casos confirmados a partir da Semana Epidemiológica 37, onde foram registrados 50 casos.

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A semanas seguintes apresentaram redução consecutiva: 39 e 37 casos. Na SE 40 (de 2 a 8 de outubro), foram somados 16 novos casos.

Segundo Sarah Mendes, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), todos os 397 casos registrados no Ceará foram leves e não houve necessidade de internação.

"De lá para cá, veio reduzindo. É um bom sinal, está regredindo. Está compatível com o que está acontecendo no Brasil, que está com curva descendente desde a semana 32, em agosto. Um mês depois do Brasil, o Ceará começou a reduzir a velocidade da transmissão", comparou Mendes.

Até o dia 13 de outubro, foram notificados 1.489 casos suspeitos de monkeypox, 802 foram descartados, 4 prováveis, 206 permanecem em investigação e 80 não classificáveis.

Maioria dos casos concentra-se em Fortaleza

Do total do Estado, 303 pacientes são de Fortaleza. Isso significa que a Capital concentra 76,3% dos casos. A secretária aponta que é natural que o número seja maior em Fortaleza pelo contingente populacional.

Embora haja expansão do vírus em 33 municípios, a grande maioria tem um ou dois casos. "Mesmo os grandes, como Sobral, e um município turístico como Jericoacoara, têm dois. Não é uma preocupação alarmante", avalia.

As outras cidades com maiores números são todas localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): Caucaia (16), Maracanaú (12), Itaitinga (9) e Eusébio (6).

A maioria dos casos continua se apresentando em homens. Os 349 pacientes do sexo masculino perfazem 87,9% do total de diagnósticos positivos. Os homens entre 20 e 39 anos concentram 65,49%.

Oito crianças de zero a nove anos também foram identificados com a doença, além de três idosos com mais de 60 anos. Do total, foram confirmados 48 casos em pessoas do sexo feminino. Entre as mulheres, a faixa etária com mais casos é entre 20 e 29 anos, 14 registros.

Sobre o perfil dos pacientes, ela explica que como o surto começou no público masculino, "é natural que se expanda naquele público". Mendes frisa que a monkeypox é uma doença de transmissão por contato. "Já tem casos em mulheres. Os homens fazem parte da cadeia de transmissão mais intensa, mas não exclusivamente", reitera. (Colaborou Ana Rute)

 

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