Universidades se reúnem para criar rede de parques tecnológicos no Ceará

Reitores discutiram necessidade de uma instância de aproximação e coordenação entre os parques tecnológicos das instituições. Representantes de oito universidades públicas e particulares, junto com o titular da Secitece, estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, 28

Uma rede de parques tecnológicos pode surgir no Ceará a partir da cooperação entre as universidades públicas e privadas do Estado. A proposta, de iniciativa da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), é aproximar estruturas e pesquisadores das instituições a fim de "fortalecer o ecossistema universitário de pesquisa e empreendedorismo".

“Esse trabalho, cuja ideia estamos plantando hoje, trará um reflexo muito importante. Muitas coisas já estão sendo feitas, coisas que não estariam sendo feitas se não fossem em parceria", afirma Cândido Albuquerque, reitor da UFC, que vislumbra resultados em dez anos.

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O argumento de Albuquerque é a necessidade de uma instância de aproximação entre os parques tecnológicos das instituições. "Nossos pesquisadores, mesmo sem o apoio institucional ou regulamentação, já são próximos e trabalham juntos", afirma.

"É preciso que haja uma integração, uma plataforma de controle para que não haja sombreamento de pesquisas e um parque tecnológico em conjunto para que o pesquisador da UFC não precise ir a São Paulo fazer uma pesquisa que pode ser feita num laboratório da Uece, por exemplo."

Rodrigo Porto, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFC, entende que "todas as universidades presentes nesse encontro têm seus pontos fortes em que é possível estabelecer parcerias e aprender uns com os outros".

"Na área de pesquisa, a UFC tem mais experiência por ser a universidade que existem há mais tempo. Na área de inovação há um ecossistema muito dinâmico se formando no Ceará, e as universidades têm um protagonismo", avalia Porto.

Além da equipe da UFC, estiveram presentes Carlos Décimo, titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece); Hidelbrando Soares, reitor da Universidade Estadual do Ceará (Uece); Roque Albuquerque, reitor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); Wally Menezes, reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Ricardo Ness, reitor da Universidade Federal do Cariri (UFCA); Milton Sousa, vice-reitor de Pesquisa da Universidade de Fortaleza (Unifor); Tales de Sá Cavalcante, reitor do Centro Universitário Farias Brito (FBUni) e Leandro Farnese, gestor da Faculdade CDL.

"O Ceará tem uma grande fortaleza que é a expansão do ensino superior e do ensino médio. Temos diversos parques de pesquisa e inovação que agora precisamos alinhar numa mesma orientação de crescimento", aponta Wally Menezes, reitor do IFCE.

Hidelbrando Soares, reitor da Uece, ressaltou a necessidade de atualizar a lei estadual de inovação. "Essa atualização pode ganhar uma roupagem nova que viabilize a superação de entraves que temos hoje, tanto em relacionamentos institucionais quanto na possibilidade de empreender a partir do resultado de pesquisas", afirma.

O encontro resultou em três encaminhamentos, sendo um deles o levantamento inicial de financiamento para operacionalizar a plataforma única de parques tecnológicos, na qual serão listados os equipamentos que podem ser compartilhados e os projetos de pesquisa em incubação.

Também foram acordadas a formação de um grupo de trabalho que se reunirá periodicamente e a alteração do estatuto do Conselho de Reitores das Universidades Cearenses para abranger as instituições privadas que queiram aderir.

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