Fiocruz alerta para crescimento no número de casos de síndromes respiratórias graves no Ceará
Apesar do alerta de crescimento dos casos no Estado, o boletim da Fiocruz informa que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocados principalmente pela Covid-19, estão nos patamares mais baixos desde o início da pandemia no País
22:43 | Set. 15, 2022
Novo Boletim do InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta quinta-feira, 15, informou que casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Ceará e em Fortaleza seguem crescendo. A maior parte dos casos, 63%, são positivos para Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19.
Os indícios de crescimento dos casos também estão sendo apontados em outros três estados brasileiros: Amapá, Espírito Santo e Roraima. A análise é referente as últimas seis semanas até a Semana Epidemiológica (SE) 36, que compreende de 4 a 10 de setembro.
Entre as capitais, além de Fortaleza, cinco das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 36: Boa Vista, Campo Grande, Florianópolis, Salvador e Teresina, embora na maioria seja compatível com cenário de oscilação. Nas demais, o sinal é de queda ou estabilidade dos casos.
Número de casos é o mais baixo da pandemia
Apesar do alerta de crescimento dos casos em cinco estados brasileiros, os demais apresentam oscilação em torno de patamar estável. Conforme a Fiocruz, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), provocados principalmente pela Covid-19, estão nos patamares mais baixos desde o início da pandemia no país.
Os números são inferiores aos de abril passado, que eram, até então, os mais baixos desde março de 2020. Apesar do cenário positivo, o pesquisador Marcelo Gomes alerta que é preciso ter atenção ao número de casos no final do ano, já que as viradas de 2020 para 2021 e de 2021 para 2022 resultaram em um aumento de incidência de SRAG.
“Não podemos afirmar categoricamente se vamos ter um final de ano tranquilo dessa vez, porque ainda estamos aprendendo com a Covid. Ela ainda não mostrou um padrão claro de sazonalidade. Por isso, é importante estarmos atentos, para podermos agir o mais rápido possível caso tenha novamente um aumento importante”, disse o coordenador do InfoGripe.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 5,9% Influenza A, 0,4% Influenza B, 6,7% vírus sincicial respiratório, e 63,0% SARS-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,1% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,0% vírus sincicial respiratório (VSR), e 93,2% SARS-CoV-2.