Censo 2022: roubos e furtos são registrados contra recenseadores no Ceará

Em 30 dias, mais de 3 milhões de pessoas no Estado já foram entrevistadas pelos recenseadores, em mais de um milhão de domicílios

Na manhã desta terça-feira, 30, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tornou público os primeiros dados coletados durante o Censo Demográfico 2022. De acordo com o superintendente da Unidade Estadual do IBGE no Ceará (UE/CE), Francisco Lopes, episódios criminosos contra os recenseadores foram registrados nos primeiros 30 dias de coleta.

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Lopes explica que ainda não há um levantamento do número de ocorrências, mas afirma que são "poucas", dentro da análise do superintendente. Os casos registrados tratam-se de roubos e furtos.

"Temos 233 postos de coleta no Ceará, só em Fortaleza são 38 pontos. Essas ocorrências chegam, primeiramente ao posto responsável. Ainda estamos fazendo o levantamento do número", explica.

O superintendente destaca que nenhum dado coletado foi perdido e que o equipamento utilizado pelo agente da pesquisa para realização do trabalho é completamente inativado após o registro do episódio.

Segundo Lopes, a maioria dos crimes contra recenseadores aconteceu na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). "Temos observado mais na Capital, mas tem outros municípios com a insegurança muito forte, como Caucaia, e outros da RMF. Essa situação também já está chegando a municípios pequenos", destaca.

Insegurança territorial

 

Outro problema enfrentado por quem trabalha na coleta de dados para o Censo 2022 tem sido a territorialização de bairros por organizações criminosas. O Superintendente da UE/CE, Francisco Lopes, explica que existe um cuidado especial com os recenseadores.

“A sociedade está lidando com essas facções, já tem áreas que temos que ter um recenseador que só vai até determinado ponto e tem que parar o trabalho para ir outro profissional, porque ele não pode entrar naquela área, por morar em outra".

De acordo com Lopes, durante o primeiro mês de coleta, não houve nenhum caso grave contra recenseadores, que envolva algum tipo de dano físico. O superintendente afirma que o planejamento para a realização do Censo foi iniciado há quatro anos e contou com reuniões que envolviam os órgãos de segurança do Estado.

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Roubos e Furtos recenseadores IBGE insegurança

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