Docentes de universidades públicas cearenses realizam manifestações contra cortes

Aderiram às manifestações a UFC; a Unilab, em Redenção; além da UFCA, na Região do Cariri

13:58 | Ago. 25, 2022

Por: Lara Vieira
Manifestação realizada na Praça do Ferreira, em Fortaleza, nessa quinta-feira, 25 (foto: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato/Reprodução)

Docentes das universidades federais do Ceará realizam uma série de atos que reivindicam reposição salarial, valorização do trabalho docente, bem como o direito à assistência estudantil. As manifestações integram a programação da “Semana da Educação pela Democracia: em defesa da universidade e da carreira docente”, que ocorre de 22 a 26 de agosto.

Na manhã desta quinta-feira, 25, manifestações ocorreram na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza. Já na região do Cariri, a atividade foi realizada em Juazeiro do Norte, na Praça Padre Cícero. Os atos têm a participação de docentes da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).

Conforme apurado pelo jornal O Globo, apenas em 2022, as universidades federais sofreram cortes de cerca de R$ 400 milhões em recursos discricionários. O orçamento é destinado para o pagamento de contas de água, luz, limpeza, segurança e manutenção predial. Além de bolsas, auxílio estudantil e equipamentos.

Em entrevista para a rádio CBN Cariri, o diretor de atividades científicas e culturais da ADUFC (Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará), Tiago Coutinho, relatou que as consequências do congelamento de investimentos já podem ser percebidas. "A gente não tem renovação de compra de livros novos. Por exemplo, se um computador de um professor que trabalha na universidade "pifa", ele não tem reposição. Mesma coisa com a infraestrutura da universidade", pontuou o professor.

O docente afirma que o corte mais expressivo foi em relação às bolsas de estudo. "As bolsas de PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica), por exemplo, estão congeladas, eu chuto, no mínimo dez, quinze anos", afirmou.

A adesão à paralisação foi aprovada na última Assembleia Geral da ADUFC, em 29 de junho. As atividades realizadas pelas universidades ao longo da semana serão transmitidas pelo Youtube e pelas redes sociais do Sindicato.