Uso de máscara em voos cai após desobrigação da medida
Alguns passageiros, contudo, continuam usando a proteção. Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o fim da exigência
22:52 | Ago. 22, 2022
Após dois anos de uso de máscara obrigatório em aviões e aeroportos, a medida deixou de ser obrigatória. Com a mudança, o uso da proteção diminuiu consideravelmente. É o que relatam passageiros que chegam ao Aeroporto Internacional de Fortaleza, onde O POVO esteve nesta segunda-feira, 22. Apesar da liberação, alguns passageiros continuam usando para se sentirem mais seguros.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última quarta-feira, 17, o fim da exigência do equipamento de proteção em voos no Brasil.
O órgão afirmou que o cenário epidemiológico atual permite que algumas medidas sanitárias tomadas em 2020 sejam atualizadas, como o uso obrigatório da proteção. Apesar do fim da obrigatoriedade, as máscaras faciais e o distanciamento social continuam sendo recomendados como medidas para minimizar o risco de transmissão da Covid-19.
No Aeroporto de Fortaleza, muitos passageiros abriram mão da máscara. Contudo, nos saguões do equipamentos, foi possível observar que algumas pessoas mantiveram o uso. A maioria dos que portavam a proteção usava máscaras cirúrgicas. Menor parcela escolheu a PFF2.
A cirurgiã-dentista Anne Gabriele, 28, que retornou de Curitiba, conta que a maioria das pessoas no voo estava sem máscara. Mas ela diz ainda não se sentir 100% segura sem a proteção. "Sempre tem alguém que espirra, tosse e você sempre fica com receio. Pelo menos, eu fico. Prefiro me resguardar", compartilha.
O relato foi semelhante ao de Eva Gomes, 59, que chegou de Manaus. "A maioria do pessoal estava sem máscara. Eu usei no voo. Agora que eu tirei", disse a auxiliar de escritório, já no saguão de desembarque. Ela conta que no aeroporto de partida, na Capital amazonense, a maioria das pessoas também não usava mais a proteção.
A medida já deixou de ser obrigatória em terminais aéreos e aviões em diversos países, como os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e Portugal. Em maio, a Anvisa havia liberado o serviço de bordo e autorizou o uso da capacidade máxima de passageiros nos aviões, mas manteve o uso de máscaras em aviões e áreas restritas de aeroportos.