Volume armazenado nos açudes do Ceará é 40% maior que em 2021

Resenha da Cogerh indica ainda que o Estado tem 12 reservatórios sangrando e 41 com volumes entre 90% e 100% da capacidade

14:31 | Ago. 16, 2022

Por: Marcela Tosi
O Castanhão (foto) e o Orós, os dois maiores açudes do Ceará, registraram os melhores aportes de agosto em oito anos (foto: JÚLIO CAESAR)

Cerca de 7 bilhões de metros cúbicos (m³) de água estão armazenados nos açudes do Ceará. O volume é 40% maior do que o estava nos reservatórios na mesma data no ano passado. 

Conforme indica a resenha diária da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) do último dia 12, a mais recente disponível, são 7,06 bilhões de m³ em 155 açudes contra 5,07 bi m³ nos mesmos reservatórios no dia 12 de agosto de 2021.

A comparação do O POVO subtrai do volume atual os 8,26 milhões de m³ que estão nos açudes Amarelas e Melancia. Ambos foram inaugurados em 2022 e, portanto, não compõem o volume registrado no ano passado.

Os 155 açudes são monitorados pela Cogerh desde 2017. Desde então, os volumes armazenados nessa época do ano foram os seguintes:

  • Em 11/08/2017: 2,10 bilhões de m³
  • Em 13/08/2018: 2,83 bilhões de m³
  • Em 12/08/2019: 3,70 bilhões de m³
  • Em 12/08/2020: 6,12 bilhões de m³
  • Em 12/08/2021: 5,07 bilhões de m³
  • Em 12/08/2022: 7,06 bilhões de m³

Açudes secos e açudes sangrando

O relatório da Cogerh aponta ainda que o Estado tem 12 reservatórios sangrando. São eles: Aracoiaba, Faé, Germinal, Itapebussu, Jenipapo, Junco, Malcozinhado, Mundaú, Pacajus, Penedo, Pesqueiro e Tijuquinha. Outros 41 açudes estão com volumes entre 90% e 100% da capacidade.

O Castanhão e o Orós, os dois maiores açudes do Ceará, registraram os melhores aportes de agosto em oito anos. Ambos estão situados na região do Vale do Jaguaribe, a qual recebeu até agosto deste ano 894,5 milímetros (mm) de chuvas, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A expectativa do volume de chuvas para essa área no período mencionado era de 774,7 mm. Com o aumento, registra-se um desvio positivo de 15,5%.

No outro extremo, 60 açudes têm volumes abaixo dos 30% e seis estão secos.