Estudante do CE é bronze em olimpíadas internacionais de Química e de Física
Rafael é soteropolitano, mas mora no Ceará desde 2020. Ele é o primeiro brasileiro a ser premiado ao mesmo tempo nas duas competiçõesO estudante Rafael Moreno Ribeiro, de 17 anos, conquistou duas medalhas de bronze na última semana (17 e 18 de julho) após participar das olimpíadas internacionais de Química e de Física. O jovem é o primeiro brasileiro a ser premiado nas duas olimpíadas no mesmo ano. Rafael nasceu na Bahia, em Salvador, mas começou a morar em Fortaleza desde o ano de 2020, após ser convidado para uma bolsa de estudos no Colégio Ari de Sá.
A nível nacional, Rafael se classificou em primeiro lugar na Olimpíada de Química e em segundo lugar na de Física. Após os resultados, o jovem passou a representar o Brasil a nível internacional, na Olimpíada Internacional de Física (IPhO na sigla em inglês) e na Olimpíada Internacional de Química (IChO). Em ambas as modalidades, o estudante soteropolitano foi bronze.
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Atualmente, Rafael mora em Fortaleza e cursa o 3º ano do ensino médio. “A partir do 8º ano, eu comecei a participar de Olimpíadas. Eu achei muito bacana o processo. Além disso, meu irmão mais velho também participava.”
Para ele, o apoio da família foi fundamental: “Meus pais sempre incentivaram, principalmente em relação a assuntos que envolviam o aprofundamento nos estudos”.
Amor pela ciência
Rafael conta que começou a gostar de Física por causa do irmão mais velho. “Ele é dois anos mais velho. Ele sempre me incentivava a praticar os estudos. Ele me dava aulas sobre coisas mais iniciais de Física. Já em relação à Química, eu me interessei porque eu estudava com um amigo, e ele sempre puxava para o lado da Química. Com as Olimpíadas de Química, eu fiquei instigado a participar, pedi orientação aos professores. Eu estudava no 8º, então ainda não tinha aula de Química. Eu estudava sozinho, com indicação dos professores e com meu amigo.”
Por mais que goste do assunto, o jovem diz que pensa em unir a paixão por ciências com computação. “Eu claramente gosto muito de ciências, principalmente Física e Química, mas não sei se seria uma boa cursar algo de ciências aqui no Brasil. É desvalorizado, se fosse para estudar aqui no Brasil, eu queria fazer Ciência da Computação”, disse.
Sobre a rotina de estudos, Rafael enfatiza que os horários são corridos, o tempo é de dedicação quase exclusiva aos estudos. “Eu acordo pela manhã para ir à academia, e em seguida vou à escola. Eu costumo ficar na biblioteca do colégio das 8 às 12 horas. Nesse tempo, eu costumo ficar resolvendo questões, acho que já perdi um pouco a paciência para ficar estudando conteúdo. Gosto de praticar. Depois vou almoçar, e quando eu tenho aula fico das 13h30 até 20 horas. É puxado, mas dá para segurar.”
Apesar da rotina muito atarefada, o jovem reitera que nem todo o tempo dele é dedicado aos estudos. "Eu gosto de jogar futebol com meus colegas. Eu sou flamenguista. Além disso, eu gosto de sair com minha namorada, meus amigos e gosto de ler sobre ficção e distopias. Ajuda a relaxar."
Rafael guarda as 13 medalhas que acumulou ao longo da trajetória de amor pelas ciências.
- Ouro Olimpíada Brasileira de Química Júnior (OBQJr) - 2019;
- Ouro Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) - 2021;
- Ouro Olimpíada Norte/Nordeste de Química - 2021;
- Ouro Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) - 2019, 2020 e 2021
- Medalha de Honra ao Mérito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - 2021;
- Ouro Olimpíada Brasileira de Física (OBF) - 2019;
- Ouro Olimpíada Brasileira de Física (OBF) Bahia - 2019;
- Ouro Olimpíada de Matemática do Estado da Bahia (OMEBA) - 2019;
- Ouro Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) - 2016 e 2018;
- Prata Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) - 2017.