PM é punido com demissão após matar homem em evento de paredões no interior do Ceará
A decisão foi publicada na sexta-feira, 15, no Diário Oficial do Estado (DOE)O policial militar Fabrício Sousa dos Santos foi punido com demissão pelo crime de homicídio qualificado contra Gabriel Oliveira França, que foi atingido nas costas e morreu vítima dos ferimentos. O caso foi registrado no município de Russas, no interior do Ceará, no dia 22 de dezembro de 2019, durante um evento de paredões de som. A decisão foi publicada na sexta-feira, 15, no Diário Oficial do Estado (DOE).
Um denunciante relatou que estava com Gabriel em um evento de paredões de som, no kartódromo Marcelino Thomaz Morada Nova, quando foram abordados por seguranças e policiais militares que, supostamente, trabalhavam no local. A fonte disse ainda que eles foram agredidos por socos e chutes pelos supostos seguranças e policiais.
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Além disso, um dos policiais teria efetuado um tiro em direção às costas de Gabriel. Familiares da vítima o levaram a Fortaleza, a vítima foi atendida no Frotinha da Parangaba, mas não resistiu aos ferimentos.
A princípio, a família pensava que a causa da morte teria sido de um acidente de trânsito, no entanto, o exame da Perícia Forense comprovou que a morte foi devido a uma ferida no tórax pelo projétil de arma de fogo com entrada pelas costas e saída no tórax.
O policial relatou que se sentiu ameaçado por dois homens em uma motocicleta, e que um dizia pertencer a uma facção criminosa. Segundo o PM, houve uma confusão no evento e depois, na parte externa, ele os demais agentes interceptaram no caso.
O PM alega que eles foram forçados a abordá-los, e a circunstância resultou em uma nova discussão e agressões. Um dos policiais afirmou ter efetuado disparos para cessar a confusão, mas Fabrício teria efetuado o tiro que atingiu Gabriel.
O policiais negaram a informação de que faziam segurança do local e afirmaram que se identificaram como agentes de segurança na entrada em razão da gratuidade para policiais. E relatam que Gabriel jogou a motocicleta contra os militares de folga.
Com isso, o militar apontado como responsável pelo tiro que matou Gabriel foi punido pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD) com demissão.