Ceará confirma terceiro caso de varíola dos macacos

Todos os pacientes no Ceará com diagnóstico positivo para Monkeypox são do sexo masculino

O terceiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) foi confirmado no Ceará nesse domingo, 10. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) divulgou o registro nesta segunda, 11, e informou que o paciente do sexo masculino tem histórico recente de viagem a São Paulo. Ele tem 26 anos e reside em Fortaleza. Os outros dois casos confirmados no Estado são residentes da Capital e de Russas.

Todos os pacientes no Ceará com diagnóstico positivo para Monkeypox são do sexo masculino. O outro paciente de Fortaleza tem 35 anos, e o residente de Russas, 43 anos. 

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Até o momento, o Ceará teve notificados 26 casos suspeitos de varíola dos macacos, sendo 16 já descartados laboratorialmente: Fortaleza (9), Maracanaú (1), Cedro (1), São Gonçalo do Amarante (1), Caridade (1), Caucaia (1), Ocara (1) e Guaramiranga (1).

Ainda há sete casos em investigação, notificados nos municípios de Aracoiaba (1), Juazeiro do Norte (1), Fortaleza (3), Quixadá (1) e Maranguape (1). A Sesa informa que, entre os suspeitos, quatro são do sexo masculino e três são do sexo feminino.

Não há possibilidade de surtos no Ceará

Logo após o a primeira confirmação de varíola dos macacos no Estado, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou que não havia possibilidade de um surto da doença.

Ao contrário de vírus respiratórios, como o da Covid-19, o vírus da Monkeypox é transmitido principalmente pelo contato físico com a pessoa doente, tendo mais dificuldade de se espalhar.

“As viroses respiratórias se propagam com muito mais velocidade. Um caso como esse de Monkeypox em que você precisa tocar na mucosa, tocar nas lesões, precisa ter um contato mais íntimo às vezes até, é uma possibilidade muito remota [de haver surto]”, afirmou o infectologista Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza.

O que sabemos sobre a doença

Como é transmitida?

- Principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;

- Fluidos corporais, contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão;

- Por meio da mordida de animais que carregam o vírus ou consumo destes.

 

Como se prevenir?

- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado, bem como com animais que possam estar doentes;- Uso de máscara de proteção e o distanciamento.

 

Quais os principais sintomas?

- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;

- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);

- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).

Qual a gravidade da varíola dos macacos?

- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.

- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.

Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?

- As vacinas contra varíola comum (humana) protegem também contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;


- Ainda não há recomendação para a vacinação em massa. E não há vacinas disponíveis no mercado neste momento. Se houver surto ou grande frequência de casos, pode ser necessário acionar a indústria para essa produção. (Com agências)

Atualizada às 21h17min

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