Ceará descarta varíola dos macacos; 6 casos suspeitos investigados no Brasil

Caso monitorado no Estado foi descartado após investigação epidemiológica e laboratorial. Teste deu negativo para o vírus Monkeypox

11:43 | Jun. 07, 2022

Por: O Povo
Foto de apoio ilustrativo. Atual surto mundial de varíola dos macacos não tem relação de transmissão com os primatas (foto: ANDREA MAENNEL; ANDREA SCHNARTENDORFF/AFP)

O caso suspeito de varíola dos macacos no Ceará, que havia sido registrado em Fortaleza, foi descartado após resultado negativo. Dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde. Os casos suspeitos no País são em: São Paulo (1), Santa Catarina (1), Rio Grande do Sul (1), Mato Grosso do Sul (1) e Rondônia (2).

A informação sobre o caso suspeito de varíola dos macacos no Ceará foi divulgada na última segunda, 30 de maio. Na ocasião, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que "foram aplicadas todas as medidas recomendadas, como isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames".

Em nota nesta terça-feira, 7, a Sesa explicou que o caso suspeito de Monkeypox de um residente do Ceará foi notificado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional) em 27/05/2022. "Foi descartado após investigação epidemiológica e laboratorial, com teste negativo para varíola", diz.

No Brasil, a suspeita mais provável seria do caso monitorado no Rio Grande do Sul. O paciente viajou a Portugal, onde já há cerca de 150 infectados.

Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a situação ainda não é preocupante. “Já houve outros registros fora da África e isso não causou pandemia, até porque a letalidade é baixa e a transmissão não é como a covid-19”, disse nessa segunda-feira, 6.

O que é um caso suspeito

Para considerar um caso suspeito de varíola dos macacos, uma pessoa de qualquer idade precisa apresentar início súbito de febre (>38,5 ºC), adenomegalia (linfonodos aumentados) e erupção cutânea aguda inexplicável e que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas: dor nas costas, astenia, cefaleia, e excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial (como varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, ranuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas). Além de qualquer outra causa comum localmente relevante de erupção vesicular ou papular.

O caso só é considerado como confirmado após teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento) laboratorial que identifique o vírus Monkeypox. As informações são da nota de alerta divulgada pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

Como a varíola dos macacos é transmitida

  • A transmissão entre humanos ocorre principalmente através de grandes gotículas respiratórias;
  • Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;
  • Pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão;

Quais são os sintomas da varíola dos macacos

  • A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;
  • O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);
  • O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas - lesões com base plana - para pápulas - lesões dolorosas firmes elevadas).

Atualizada às 11h58min