Delegado da Polícia Civil do Ceará alerta para golpes virtuais; veja cuidados
Criminosos estão se aproveitando das vulnerabilidades do Pix e do WhatsApp para extorquir vítimas. Recursos de seguranças dos aplicativos são fundamentais para evitar fraudes
13:54 | Abr. 09, 2022
Com a facilidade maior para fazer pagamentos diretamente pelo celular, sem a necessidade de ir a uma agência bancária, os riscos de consumidores a golpes virtuais também estão crescendo. Os criminosos se aproveitam especialmente de vulnerabilidades na modalidade de pagamento do Pix, assim como por meio do aplicativo WhatsApp.
Em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da Rádio CBN Cariri, o delegado Daniel Diógenes, titular do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, apontou formas de como a população pode se proteger dos golpes. A redução do limite do Pix, por meio do aplicativo do banco, é uma das alternativas. “Se a maior conta do mês é de R$ 1 mil, não faz sentido ter um limite de R$ 10 mil”, enfatiza.
Leia mais
Ele pondera que golpes virtuais estão espalhados pelo Ceará e por todo o Brasil. “Da mesma forma que houve um avanço da tecnologia para permitir um maior acesso e rapidez nas transferências bancárias, as mudanças também permitiram que os criminosos tivessem maior facilidade em ter acesso aos consumidores.”, aponta o delegado.
Criminosos têm enviado, por exemplo, e-mails com ofertas falsas de sites de streaming. O e-mail traz o QR Code para pagamento dos supostos planos mais em conta, como planos trimestrais.
Diógenes aconselha que os consumidores sejam desconfiados quando estiverem lidando com transferências online. Ele cita o exemplo de casos em que o criminoso clona o WhatsApp da vítima e usa a conta para solicitar dinheiro para contatos próximos da agenda de contatos.
“Para aplicar o golpe, o criminoso precisa de um código recebido por SMS pela vítima. Para obter, ele cria uma história para seduzir o consumidor, mas não devemos repassar para terceiros em nenhum caso”, alerta.
LEIA TAMBÉM | Pix: aprenda a não cair em golpes
Uma medida de segurança adicional, segundo o delegado, é habilitar a verificação em duas etapas ou dois fatores, o que demanda que seja exigido uma senha definida pelo consumidor para que o WhatsApp seja habilitado em um novo aparelho, além do conteúdo da mensagem SMS.
“Há ainda um outro golpe que a pessoa não chega a clonar a conta, mas apenas usa a foto da vítima”, aponta o delegado, recomendando que as pessoas mantenham a privacidade da foto apenas para contatos para se proteger das fraudes.
As instituições financeiras também estão se precavendo para impor dificuldades aos criminosos. A partir de outubro do ano passado, por exemplo, o Banco Central inaugurou nova política de segurança sobre movimentação de recursos por meio de plataformas online entre pessoas físicas.
A novidade define um limite de movimentação de R$ 1 mil entre 20 horas e 6 horas em modalidades de transferências e pagamentos.
OUÇA O PODCAST VOO 168 BASTIDORES