Ceará chega a 20 açudes sangrando; no início de março era apenas um
Mês com chuvas acima da média ajuda situação hídrica do Estado, que chegou a 28,9% do volume total, com crescimento de 7,7 pontos percentuais desde 28 de fevereiro
14:10 | Mar. 31, 2022
As boas chuvas de março ajudaram a aliviar a situação hídrica do Ceará. Após fechar fevereiro com nível de precipitações abaixo da média histórica e apenas um açude sangrando (o Germinal, em Palmácia), o Estado entrou esta quinta-feira, 31, com 20 reservatórios em capacidade máxima.
Com isso, o volume dos açudes cearenses subiu de 21,2% em 28 de fevereiro para 28,9% em 31 de março, com carga equivalente a 142 metros cúbicos (m³) de água. Os dados foram extraídos às 13h07min, do Portal Hidrológico, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
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Os açudes a sangrar mais recentemente foram o São Vicente, em Santana do Acaraú; o Batente, em Ocara; e o Maranguapinho, em Maranguape. Além deles, estão em capacidade máxima Itapebussu, Caldeirões, Gameleira, Germinal, Barragem do Batalhão, Rosário, Itaúna, Muquém, Ubaldinho, Barragem do Coronel, Tijuquinha, Angicos, Valério, Acaraú Mirim, Quandú e Gavião.
Além dos 20 açudes em capacidade máxima, outros quatro estão com volume acima de 90%: Sobral (99,7%), em Sobral; Tucunduba (94,77%), em Senador Sá; Itapajé (90,19%), em Itapajé, e Acarape do Meio (90,37%), em Redenção.
Apesar das boas chuvas de março, 63 açudes ainda estão em cenário crítico, com menos de 30% da capacidade máxima. Entre eles, estão o Castanhão (16,03%), maior reservatório do Brasil, que quase duplicou a carga neste mês. Outro em cenário complicado é o Banabuiú, terceiro maior do Ceará, com apenas 8,22% de água, e do Figueiredo (6,28%), quinto maior do Estado.
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Entre as 12 regiões hidrográficas do Ceará, a mais crítica é a do Banabuiú, com 7,24%. Aquelas em melhor situação são a do Acaraú, com 72,31%, e duas pequenas, a do Litoral (71,31%) e a de Coreaú (86,76%).
O período decisivo para a seca no Ceará, a quadra chuvosa, segue até o final de maio. Os dois meses com índices pluviométricos costumam ser março e abril. Em fevereiro, a Funceme lançou prognóstico para o trimestre março-abril-maio que apontava 20% de chances de precipitação acima da média, 45% dentro da média e 35% abaixo.
Até a tarde desta quinta-feira, choveu 267 milímetros (mm) no Ceará em março, 31,3% a mais do que a média histórica de 203,4 mm, segundo dados do Calendário de Chuvas da Funceme. Em fevereiro, foram observados 64 mm, 46% a menos do que o esperado.
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