Dia da Data Magna do Ceará: o que é comemorado no feriado dessa sexta-feira (25/03)

O Ceará se antecipou em quatro anos à abolição da escravatura em todo o Brasil, aqui ocorreu no dia 25 de março de 1884, há 138 anos

Na sexta-feira, 25, é comemorada a Data Magna do Ceará, instituída como feriado estadual no dia 6 de dezembro de 2011, na gestão do ex-governador e atual senador Cid Gomes (PDT). A iniciativa foi do então deputado estadual Lula Morais (PCdoB), o qual apresentou o projeto. O dia celebra o marco histórico do fim da escravidão no Ceará. O Estado foi a primeira província brasileira a libertar os escravos. As informações são da Assembleia Legislativa.

O Ceará se antecipou em quatro anos à abolição da escravatura em todo o Brasil, ocorrendo aqui no dia 25 de março de 1884, há 138 anos, enquanto no restante do País aconteceu somente em 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea.

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Um personagem teve papel fundamental na luta pela libertação dos escravos da província cearense, Francisco José do Nascimento, também conhecido como Dragão do Mar ou Chico da Matilde. Homem de origem humilde, participou ativamente no Movimento Abolicionista no Ceará.

Luta abolicionista no Ceará

 

Dragão do Mar teve papel importante na luta abolicionista ao convencer, ainda em 1881, seus colegas jangadeiros a se recusarem a transportar para os navios negreiros os escravos que seriam vendidos para o sul do país. Assim, fechando o Porto de Fortaleza e impedindo o embarque de escravos para outros estados.

Segundo historiadores, apesar da libertação dos escravos no Ceará ser comemorada no dia 25 de março, documentos apontam como início da abolição no Estado a data 1º de janeiro de 1883, naquele ano, na Vila do Acarape, atual município de Redenção, cidade que fica  a aproximadamente 55 km de Fortaleza, em um ato realizado em frente à igreja Matriz, teriam sido entregues cerca de 116 cartas de alforria para escravos daquela região.

O ato teria contado com a participação de alguns abolicionistas, entre os quais, José do Patrocínio, que também era jornalista e escritor, além de participar ativamente dos movimentos para a libertação dos escravos. 

Acarape, à época, pertencia ao município de Redenção, e se emancipou posteriormente. Os escravos libertos passaram a procurar formas de se reintegrar à sociedade. Muitos fugiram para o quilombo na Serra do Evaristo, em Baturité. Com medo de serem perseguidos, lá eles acreditavam estar seguros da fragilidade da alforria. Outros partiram para Fortaleza, de carta na mão, e viajaram em busca das suas famílias.

*Com informações da Assembleia Legistativa do Ceará

 

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