Casos de abandono e maus-tratos a animais têm crescido no Estado, alerta capitã do BPMA
Seis procedimentos de maus-tratos a animais já foram realizados neste ano pelo Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), enquanto 13 foram feitos no ano passado
16:36 | Mar. 17, 2022
Casos de abandono e maus-tratos a animais vêm crescendo a cada dia no Ceará. No ano passado, foram feitos 13 procedimentos pelo Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) após denúncias recebidas, enquanto já foram realizados seis somente neste ano, segundo informações da capitã Talya Maciel, do BPMA, em entrevista à rádio O POVO CBN nessa quarta-feira, 16.
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O número de procedimentos realizados não corresponde ao número real de animais que sofrem maus-tratos no Estado, pois o procedimento do BPMA só pode ser realizado quando é realizado o flagrante do crime. "Os dados de procedimentos realizados pelo BPMA são os de casos que a gente chegou ao local da ocorrência e constatou a veracidade do crime de maus-tratos", explicou a capitã à jornalista Rachel Gomes.
"O abandono se torna um pouco mais delicado justamente pela dificuldade da Polícia Militar em presenciar, fazer o flagrante do tutor que vai até o local e abandona o animal. Se for constatado o crime, seja qual for ele, a pessoa é conduzida juntamente com o animal para a delegacia", completou Talyta. Depois, é feito o encaminhamento do animal para abrigos que recebem esses tipos de casos.
Ainda, o BPMA possui base em Fortaleza, Guaramiranga, Sobral e Juazeiro do Norte. "A gente atende nessas cidades e em toda a Região Metropolitana da Capital. Mas o crime de maus-tratos pode ser atendido por qualquer viatura policial", pontuou Talyta. As denúncias podem ser feitas para o número 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
Além disso, informações também podem ser repassadas para o número 181, disque denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). "A gente recebe, aqui em Fortaleza, principalmente, muita denúncia em relação aos maus-tratos e à criação ilegal de animais silvestres", informou a capitã.
"O que a gente pede é a conscientização de quando a pessoa for tomar a decisão de criar, comprar ou adotar o animal, que seja algo de caso pensado. O animal, a depender da raça, vai viver de dez a 15 anos, podendo ser visto como um membro da família. Então, não é justo o tutor decidir que não quer mais e simplesmente abandonar o animal", conscientiza Talyta.