Suspeito de matar estudante cearense tem 2 passagens por violência de gênero
Mariana Thomaz Oliveira, 25, foi morta no último sábado, 12. Ela cursava Medicina em uma faculdade privada de João PessoaO homem de 37 anos que foi preso suspeito de matar a estudante cearense, Mariana Thomaz Oliveira, 25, no último sábado, 12, em João Pessoa, na Paraíba, possui duas passagens pela Polícia Civil por violência de gênero. Conforme o delegado do caso, Rodolfo Santa Cruz, ainda há suspeita do envolvimento do acusado em golpes de criptomoedas nas redes sociais, o que teria resultado prejuízo para as vítimas no valor de aproximadamente R$ 4 milhões.
Em entrevista aos jornalistas Rachel Gomes, da rádio O POVO CBN, e Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, nesta segunda-feira, 14, o delegado da Delegacia de Homicídios em João Pessoa informou que, em 2020, o suspeito havia sido preso e autuado em flagrante por violência de gênero, onde teria passado, aproximadamente, sete meses preso.
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“Ele é uma pessoa que já tem passagem pela Polícia. Pelo menos duas medidas protetivas de urgência foram deferidas em socorro a duas vítimas, duas mulheres”, disse.
Devido ao histórico do homem, o delegado prevê que seja difícil o Tribunal do Júri conceder um habeas corpus para ele. O homem foi preso preventivamente pela Polícia Civil da Paraíba após a morte da estudante, natural de Lavras da Mangabeira, a 422 quilômetros de Fortaleza. Mariana foi encontrada morta com sinais de asfixia em um apartamento em João Pessoa, no qual o suspeito é proprietário.
Investigação
Segundo o delegado, após a morte da estudante, o suspeito chamou o Serviço de Atendimento Móvel Urgente (Samu) com a hipótese de que o corpo seria removido do local, o que não ocorreu. “O Samu acionou a Polícia. Foi solicitado perícia em local de morte. O perito já no local observou a existência de sinais assemelhados a equimose na altura do pescoço. Na madrugada, os legistas confirmaram que Mariana havia sido morta por esganadura, e por esse motivo ele (suspeito) foi conduzido e autuado em flagrante”, explicou.
As hipóteses da investigação, conforme o delegado, apontam que o homem teria convencido Mariana a ir ao apartamento dele. No local, ele teria tentado manter relações sexuais que não foram consentidas, o que teria motivado a esganadura contra a vítima. “Se houve violência de natureza sexual, a perícia também vai nos revelar e tudo isso vai dar subsídio para indiciamento final”, pontua Rodolfo Santa Cruz.
Ainda segundo o delegado, o homem negou autoria do crime. Rodolfo destacou que o suspeito possui semblante frio. “Ele negou autoria, negou tudo, negou que tenha assassinado Mariana. O que todos os policiais falaram, que participaram desse interrogatório, é que ele é uma pessoa extremamente fria”, relata.
A Polícia Civil da Paraíba tem um prazo de dez dias, a contar do último sábado, para concluir e entregar o inquérito ao Ministério Público. O delegado informa que agora a investigação está buscando apenas outros detalhes que possam fortalecer o inquérito da investigação para que o Ministério Público possa oferecer a denúncia e buscar a condenação no Tribunal do Júri.