Insulina de ação ultrarrápida: Sesa confirma baixa no estoque no Ceará

A programação do medicamento é realizada de forma trimestral e o quantitativo aprovado para entrega do Ministério da Saúde para o Estado é de 37.655, no período. Até agora foram recebidos apenas 6.590. Novo carregamento deve chegar nesta quinta-feira

As insulinas de ação ultrarrápida estão em falta em alguns centros de distribuição do Ceará. O hormônio, fornecido pelo Ministério da Saúde (MS), é essencial para a vida de pessoas com diabetes. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informa ter contatado a pasta federal antecipadamente sobre o desabastecimento, mas ainda não recebeu a carga total prevista para o trimestre.

Segundo a Sesa, a quantidade do medicamento aprovado para recebimento pelo Estado é de 37.655, no período dos três primeiros meses do ano. Até esta quarta-feira, 9, foram recebidas 6.590 e há agendamento de entrega de mais 20.270 unidades para a quinta-feira, 10. 

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O medicamento ajuda a estabelecer o controle do nível de glicose no sangue para diabéticos. "Assim, a partir da segunda quinzena deste mês, o abastecimento será regularizado nas unidades de referência da Rede e do interior do Estado, via áreas descentralizadas de saúde, conforme cronograma de distribuição", informou a Secretaria, em nota.

A Sesa também disse que os pacientes com dificuldade de acesso à insulina ultrarrápida têm o acompanhamento garantido pelo Sistema Único de Saúde, podendo adaptar o tratamento com uso da insulina regular, cujo fornecimento segue normalizado.

Uma das fontes ligadas à Associação Cearense de Diabéticos e Hipertensos (ACEDH), ouvida pelo O POVO, contou que já faz mais de três meses que os pacientes estão relatando a falta de insulina de ação ultrarrápida no Ceará.

"Nós constatamos, através de uma união de 23 associações do Brasil, que em algumas cidades do Brasil a insulina está em falta, além da demora muito grande do hormônio, por causa do Ministério da Saúde. Os pacientes estão sofrendo. É uma insulina de um custo mais elevado. O paciente não pode ficar sem insulina, se não ele vai a óbito".

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