Secretaria da Saúde não descarta transmissão comunitária da Ômicron no Ceará
Em outros estados, capitais como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre já confirmaram transmissão comunitária da nova varianteMesmo sem registrar um grande número de casos confirmados de Covid-19 pela variante Ômicron, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) não descarta a possibilidade de a nova cepa já ter transmissão comunitária no Ceará. Até o momento, o Estado possui três casos confirmados da Ômicron. "É possível, ainda vamos confirmar essa informação, que a variante já esteja circulando de forma comunitária no Ceará. Ela é muito mais transmissível", informou Ricristhi Gonçalves, secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, nesta quarta, 29.
Para a secretária, é primordial que as pessoas sigam mantendo as medidas de proteção sanitária, além de seguirem o quadro vacinal contra a Covid-19 de forma completa, o que inclui as doses de reforço, que já estão sendo ofertadas no Estado. "São essas as recomendações para frear a expansão das síndromes gripais no Ceará."
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O termo "transmissão comunitária" é usado para indicar ocorrência de casos quando já não é possível identificar a origem daquela contaminação, o que sinaliza que o vírus já circula sem nenhuma restrição entre as pessoas.
Até o momento, os três casos confirmados no Ceará foram detectados na Capital cearense, em viajantes. No restante do Brasil, capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre confirmaram a transmissão comunitária da nova variante.
Por meio do sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), o Estado possui a capacidade de identificar quais variantes circulam em território cearense.
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Ceará não acompanha tendência mundial
Na última segunda-feira, 27, o mundo registrou pela primeira vez mais de 1 milhão de casos de Covid-19 em um intervalo de 24h. Questionada se existe a possibilidade desse pico de casos chegar ao Ceará, Ricristhi também não descartou: "É provável que isso aconteça, vai depender muito do comportamento das pessoas nas festividades. Muita gente relaxa, e isso pode gerar um aumento de casos. Não acredito que seja um pico logo agora no começo do ano, mas é possível acontecer".
Apesar da possibilidade de os casos aumentarem no Estado, a secretária pondera que o número de pessoas que desenvolvem a forma mais grave da doença não tem acompanhando a tendência mundial de contaminação. "Estamos assistindo a isso preocupados, mas vemos que, no mundo todo, não está havendo aumento no número de óbitos, nem de hospitalizações ou de pessoas graves, isso se deve ao avanço da vacinação", destaca.