Ceará: ensino de Astronomia dá ao Colégio dos Bombeiros mais de 400 medalhas em provas

Projeto nasceu como uma ação para aumentar o interesse dos estudantes nas disciplinas de física e química; resultados nas competições nacionais acontecem desde 2016

A Astronomia, disciplina obrigatória para os alunos do 7º Ano do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB-ERQ) desde 2016, tem rendido bons frutos à escola. Após a inclusão da disciplina na grade curricular, o interesse e a dedicação dos alunos garantiram mais de 400 medalhas em edições da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), da Mostra Brasileira de Foguetes (MoBFog) e da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).

Em 2017 foram 35 medalhas conquistadas na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). No ano de 2018, os estudantes do 7° Ano do Ensino Fundamental ao 2° ano do Ensino Médio do CMCB-ERQ trouxeram para o Ceará 77 medalhas somadas da OBA e da MOBFOG, sendo 35 de ouro. Já no ano de 2019, a equipe participou também da ONC, nas três competições os estudantes ganharam 108 medalhas, sendo 48 de ouro. Em 2020, foram acumuladas 92 medalhas, sendo 40 de ouro. Este ano, foram conquistadas 118 medalhas, sendo 52 de ouro, nas três competições nacionais. Somando nesses 5 anos 430 medalhas.

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O projeto foi idealizado pelo tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Francisco Albert Einstein Lima Arruda e nasceu como uma ação para aumentar o interesse dos estudantes nas disciplinas de física e química.

“A astronomia é uma matéria interdisciplinar que me ajudou não só em física e em matemática, mas também em ciências e geografia, além de desenvolver o raciocínio lógico. Estudar astronomia também me fez reparar mais no céu e me levou a observar diversos processos astronômicos, como chuvas de meteoros e eclipses”, exaltou André Venâncio, aluno do 1° Ano do Ensino Médio, vencedor de quatro medalhas de ouro na OBA, além de um ouro e uma prata na Mobfog.

Segundo o professor e tenente do CBMCE Romário Fernandes, que tem especialização no ensino de Astronomia, o interesse dos alunos o motiva a sempre mudar a metodologia e a dinâmica da aula para intensificar o desejo de cada um.

“A sala de aula para mim é um espaço que se expande muito além das limitações impostas pelo teto e pelas paredes. É onde o universo se descortina aos meus olhos com uma beleza comparável a do céu estrelado numa noite sem Lua e sem nuvens. Ali, a singularidade de cada aluno me convida a desenvolver as melhores estratégias de observação e estudo, de forma a permitir que o máximo brilho de cada um possa vir à tona. É meu desafio e também minha realização”, relata.

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