Roubos a instituições financeiras caem 25% em todo o Ceará neste ano

Há cinco anos o Estado vem registrando redução no número de crimes desse tipo; na comparação com 2016, com 62 ocorrências, queda foi de 90% no total de casos anuais

04:09 | Nov. 30, 2021

Por: Isabela Queiroz
Prisões dos chefes de grupos criminosos foram fundamentais para diminuição dos crimes (foto: SSPDS/Reprodução )

No quadro comparativo entre os meses de janeiro e outubro de 2021, foi registrada a redução de 25% nas ocorrências de roubos a instituições financeiras em todo o Estado. Nos dez meses deste ano foram registradas seis ocorrências, enquanto houve oito casos no mesmo período do ano de 2020. Esta retração vem sendo percebida a cada ano desde 2016, conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS).

Foram registrados 62 casos em 2016, enquanto no ano seguinte, houve 56 ocorrências, contabilizando uma redução de 9,6%. A retração foi ainda maior (26,7%) comparando o número de ocorrências de 2017, com 56 casos, e 2018, com 41. Em 2019, o percentual de redução no número foi de 65,8%, sendo registradas 14 ocorrências dessa natureza. Já nos casos de 2020, o percentual reduziu em 42,8%, quando houve apenas 8 ocorrências.

A SSPDS ressalta as atuações das Forças de Segurança do Ceará, desempenhadas por meio do fortalecimento das investigações e do policiamento ostensivo por parte da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e da Polícia Militar do Ceará (PMCE), respectivamente, bem como de outros profissionais vinculados à Secretaria para a diminuição dos roubos a instituições financeiras. Além disso, o estabelecimento das estratégias é realizado com base em dados obtidos pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

As investigações de ações criminosas desse tipo são conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) da PC-CE com foco na desarticulação e na asfixia econômica de grupos criminosos que atuam em todo o Estado. As prisões dos chefes desses grupos nos últimos anos foram fundamentais para que a atuação diminuísse em território cearense.

Conforme o delegado Rommel Kerth, titular da DRF, os resultados são frutos de um trabalho conjunto que vem sendo feito nos últimos anos pelas Forças de Segurança. Segundo ele, a Polícia Militar tem promovido um cerco com grande êxito nas regiões de divisas com outros estados, enquanto a Polícia Civil vem trabalhando nas investigações a fim de identificar, responsabilizar e capturar as pessoas envolvidas nesses crimes.

Além disso, o delegado afirma que a especialização na repressão deram uma experiência de como combater essas ocorrências, desde as providências iniciais a serem tomadas ao desenrolar das investigações. Ele destaca ainda a colaboração das instituições federais como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no combate a esse tipo de criminalidade.

Os corredores bancários do Estado contam ainda com um policiamento direcionado, que é desempenhado pelo Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e por equipes da Força Tática (FT) da PMCE. As ações contam com o apoio do Sistema de Videomonitoramento da SSPDS e suas mais de 3.300 câmeras espalhadas pelo Ceará. Além disso, a PMCE atua no interior do Estado por meio do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi) no combate às práticas ilícitas, com equipes da 1ª Companhia do 4° Batalhão (Bepi/Cotar) e da Companhia de Operações de Divisas (COD).

A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da SSPDS também contribui no combate à criminalidade. O Ciopaer conta com bases fixas em quatro municípios: Fortaleza, Quixadá, Juazeiro do Norte e Sobral. Essa distribuição estratégica das bases em quatro diferentes regiões é o que possibilita a redução do tempo de resposta da Polícia por meio da cobertura em todo o Estado.


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