Policiais acusados de organização criminosa serão afastados da função e usarão tornozeleira eletrônica
A Justiça atendeu às medidas solicitadas pelo Ministério Público do CearáA Justiça atendeu parte das medidas cautelares solicitadas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) após denúncia contra organização criminosa formada por delegadas, inspetores, um ex-inspetor e um escrivão da Polícia Civil do Ceará. Todos os acusados deverão, conforme decisão, ser afastados de suas funções públicas, ter sigilos quebrados, passar por busca e apreensão em suas casas e locais de trabalho, além de usarem tornozeleira eletrônica. As tornozeleiras começam a ser colocadas ainda na manhã desta segunda-feira, 27.
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Ao todo, são 32 acusados de integrar a organização criminosa, composta por 22 inspetores da Polícia Civil do Ceará, um escrivão, duas delegadas e um ex-inspetor também da PCCE e outros seis civis (informantes e traficantes).
O Ministério Público informou que o vazamento de informações atrapalhou a investigação do caso. Circulava por grupo de WhatsApp o arquivo da Denúncia Criminal realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). O argumento é que se as informações não tivessem circulado com antecedência, as entidades responsáveis poderiam obter mais provas nas buscas e apreensões.
Os responsáveis por assinar a denúncia contra o grupo investigado são o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro e seis membros do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas. O MPCE pediu a prisão de todos os envolvidos, mas a Justiça negou.
Em um das abordagens, citadas pelo MPCE, um homem é torturado no interior de um veículo para que desse informações acerca da localização de entorpecentes. A ação teria sido realizada na presença de uma criança. A operação teve sua investigação iniciada em julho de 2019, a partir de análises de telefones celulares pertencentes aos investigados.
*Com informações de Angélica Feitosa
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