Capitão Wagner: facções migraram para o Ceará por verem que poderiam agir livremente
O deputado federal respondeu ao secretário da Segurança, Sandro Caron, que afirmou que Wagner atua para desestabilizar segurança do CearáO deputado federal Capitão Wagner (Pros) reagiu às críticas do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron. O titular da SSPDS disse que as facções se reorganizaram a partir do motim de policiais militares, e que Wagner tem responsabilidade por isso. "O secretário é uma boa pessoa e foi escalado pelo governador pra me responder e só faz isso porque tem de cumprir as ordens do governador", respondeu Wagner ao O POVO. O deputado destacou que, desde 2006, "quando Cid (Gomes) prometeu resolver o problema da violência com o Ronda do Quarteirão", mais de 50 mil pessoas foram assassinadas no Ceará. "Isso é o mesmo que a população da cidade de São Gonçalo do Amarante ser exterminada."
Wagner disse ainda que as facções migraram de Rio de Janeiro e São Paulo porque viram, segundo ele, que poderiam agir livremente no Ceará. "Pergunta ao secretário quem fez acordo com as facções nas eleições passadas pra ganhar a eleição ("ele sabe muito bem) . Isso sim é enaltecer as facções. Eles não só enaltecem, mas são parceiros e aliados", acusou o deputado.
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Ele diz ainda: "Pergunta ao Secretário quem proibiu os policiais de invadir as casas dos traficantes, mesmo em flagrante deito, exigindo do policial documento assinado pelo dono do imóvel (traficante) para invadir a casa do criminoso."
Capitão Wagner afirmou também: "Os criminosos matam, arrancam a cabeça das vítimas, expulsam das suas casas, extorquem comerciantes, colocam tudo nas redes sociais e quem é que desestabiliza?"
Segundo o deputado, ele, Wagner, teve telefones grampeados e é seguido pela inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). "E ele não tem uma prova contra mim. Mande ele apresentar uma prova das acusações que ele fez." Wagner questiona: "Pergunta ao Secretário se ele autoriza uma auditoria nos equipamentos de grampo telefônico da SSPDS."
O capitão ainda "sugere" que Caron siga o exemplo do secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque. "Colocou ordem nos presídios quando todos diziam que era impossível colocar ordem lá. O secretário Mauro fala pouco e age muito. Por enquanto, o secretário de Segurança tem falado pouco e feito menos ainda", disse o Capitão. Ele salientou ainda que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou redução de investimentos do Estado em segurança pública.