Ceará registra caso de sarampo após mais de um ano livre da doença; veja calendário vacinal
Em nota técnica de alerta, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) reforça a recomendação do Ministério da Saúde para vacinação antecipada das crianças de seis a 11 meses de idadeO Ceará teve uma confirmação de sarampo em julho, após um ano e três meses sem casos da doença. Em nota técnica de alerta, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) reforça a recomendação do Ministério da Saúde para vacinação antecipada das crianças de seis a 11 meses de idade, com uma dose da vacina tríplice viral.
A vacina é a única forma de conter a transmissão do sarampo, evitando surtos e mortes. A nota técnica da Sesa, publicada na última segunda-feira, 26, esclarece que toda pessoa não vacinada é suscetível ao sarampo. Por isso, é essencial estar com a caderneta de vacinação em dia. O imunizante está disponível nos postos de saúde dos 184 municípios do Estado.
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A pasta reforça aos profissionais de saúde do Ceará a necessidade da "identificação precoce de possíveis
casos suspeitos da doença por meio de uma vigilância ativa e oportuna" para evitar "a reintrodução nos demais municípios e circulação ativa do vírus" em território cearense.
Até 2018, a doença era considerada eliminada no Brasil. Neste ano, até 10 de julho, 499 ocorrências foram confirmadas no País. Outros 148 casos permanecem em investigação. O vírus se mantém em circulação ativa em seis estados: Amapá (394), Pará (88), Alagoas (10), São Paulo (6), Rio de Janeiro (1) e
Ceará (1).
Sintomas
Febre, manchas vermelhas, tosse, coriza e/ou conjuntivite são sintomas do sarampo. Segundo nota técnica da Sesa, “todo caso suspeito é comprovado por critério laboratorial ou vínculo epidemiológico”. O sarampo é transmitido de uma pessoa para outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
Crianças com menos de um ano e de um a quatro anos de idade (grupo em idade pré-escolar) são os mais afetados pelo vírus. Em geral, a vacinação começa a partir dos 12 meses, sendo reforçada aos quinze meses.
Desde 2019, com o recrudescimento de casos no País, o Ministério da Saúde vem recomendando a vacinação com a chamada "dose zero", a partir dos seis meses. Mesmo com a dose "extra", devem ser agendadas as duas doses tradicionais normalmente.
Conforme Kélvia Borges, orientadora da Célula de Imunização da Sesa, “a baixa adesão à vacina e o acúmulo de crianças não vacinadas ou com esquema incompleto poderão contribuir para o surgimento de surtos e epidemias”.
Dessa forma, “é imprescindível oportunizar intensamente a vacinação de rotina e estabelecer estratégias de vacinação eficazes no resgate dos não vacinados”.
Esquema vacinal
Tríplice viral - Contra sarampo, caxumba e rubéola
• 12 meses: 1ª dose com Tríplice Viral;
• 15 meses: 2ª dose com Tetra Viral ou Tríplice Viral + Varicela;
• 12 meses a 29 anos: comprovar duas doses de vacina contra o sarampo;
• 30 a 59 anos: comprovar uma dose de vacina contra o sarampo;
• Profissionais de saúde: comprovar duas doses de vacina contra o
sarampo, independente da idade
Sintomas
- Febre
- Manchas vermelhas
- Tosse
- Coriza
- Conjuntivite
Sarampo no Ceará
Conforme último boletim epidemiológico publicado pela Sesa, em 8 de junho de 2020, o Estado confirmou nos meses de fevereiro e março três casos de sarampo, todos no município de Cariré. Até aquele momento, 16 municípios haviam notificado casos suspeitos. Os três casos confirmados foram oriundos de um mesmo surto. Nenhum óbito foi registrado.
Em 2019 foram notificados casos de sarampo por 62 municípios, destes, 13 confirmaram casos: Acarape (01), Cruz (01), Frecheirinha (01), Fortaleza (07), lcó (01), Itarema (01), Itaitinga (01), Jaguaribe (01), Maracanaú (1), Maranguape (01), Paracuru (1), Russas (01) e Varjota (01)
Notificações ou dúvidas
Vigilância das Doenças Exantemáticas da Sesa
Contato: (85) 3101 5214 ou e-mail: imunopreveniveis@gmail.com (dias úteis)
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs)
Contato: (85) 98724 0455 (demais dias)
As unidades de saúde devem comunicar às Secretarias Municipais de Saúde dentro das primeiras 24 horas da identificação. Além disso, a notificação deve ser registrada também na pasta estadual.
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