DJ Ivis "está bastante abalado emocionalmente", diz advogado de defesa

DJ Ivis Araújo foi preso de forma preventiva após agressões a sua ex-esposa Pamella Holanda. Ele é investigado por lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar

11:31 | Jul. 15, 2021

Por: Lais Oliveira
DJ Ivis havia assinado com a Sony em abril deste ano (foto: Barbara Moira)

De acordo com o advogado André Quezado, que está atuando na defesa jurídica do DJ Ivis Araújo, 30, o músico se encontra "bastante abalado emocionalmente" e "com um quadro visivelmente depressivo", após prisão nessa quarta-feira, 14. Ivis foi preso de forma preventiva após agressões a sua ex-esposa Pamella Holanda. Ele é investigado por lesão corporal no âmbito da violência doméstica e familiar.

"Ele está bastante abalado emocionalmente com um quadro visivelmente depressivo por tudo que vem acontecendo. Essa questão que envolveu toda a sua família, o seu trabalho, a sua filha. Tudo isso está vindo à tona", explica. Em entrevista à Rádio O POVO CBN, o advogado garantiu que Ivis não está tendo privilégios e divide a cela com outros presos. 

A Justiça determinou a detenção do músico cerca de 24 horas após pedido da Polícia Civil, que alegou a necessidade da medida com base na Lei da Garantia da Ordem Pública. Na prática, o inquérito apontou que a liberdade do DJ representava um risco à sociedade por conta de seu temperamento explosivo.

De acordo com o advogado, a defesa procura reverter a prisão preventiva. "Não falamos na questão de mérito se é culpado ou se é inocente, até mesmo porque o inquérito policial ainda está em andamento, mas tão só a questão da não necessidade do cárcere", disse.

André Quezado argumenta que a prisão de Ivis ocorreu antes de um julgamento, e ainda é preciso ouvir testemunhas e realizar audiências para concluir sobre uma condenação ou não. 

"Reza o direito processual brasileiro que uma pessoa para ir ao cárcere deveria primeiro sofrer um julgamento, uma condenação com o trânsito em julgado ou mesmo se tivesse uma questão de reincidência, que não é o caso. O Ivis é totalmente primário, jamais teve qualquer tipo de processo relacionado a isso", afirma.

DJ Ivis foi detido em um condomínio de luxo em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), nessa quarta-feira, 14. Depois de prestar depoimento por cerca de duas horas na Delegacia do Eusébio, o DJ foi levado para a Perícia Forense do Ceará (Pefoce), em Fortaleza, onde se submeteu a exames periciais.

Em seguida, foi encaminhado para o Centro de Triagem e Observação Criminológica, na Delegacia de Capturas, onde permanece até ser levado a uma unidade prisional. 

com informações da repórter Mônica Damasceno/O POVO CBN

Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?


A violência doméstica e familiar constitui uma das formas de violação dos direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, caracteriza e enquadra na lei cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.


Entenda as violências:


Violência física: espancamento, tortura, lesões com objetos cortantes ou perfurantes ou atirar objetos, sacudir ou apertar os braços


Psicológica: ameaças, humilhação, isolamento (proibição de estudar ou falar com amigos)


Sexual: obrigar a mulher a fazer atos sexuais, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, estupro.


Patrimonial: deixar de pagar pensão alimentícia, controlar o dinheiro, estelionato


Moral: críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos sobre sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir


A Lei 13.104/15 enquadrou a Lei do Feminícidio - o assassinato de mulheres apenas pelo fato dela ser uma mulher. O feminicídio é, por muitas vezes, o triste final de um ciclo de violência sofrido por uma mulher - por isso, as violências devem ser denunciadas logo quando ocorrem. A lei considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.


LEIA MAIS | Veja como denunciar violência doméstica durante a pandemia


Veja como buscar ajuda:


Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180


Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108- 2950 / 3108-2952


Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101-7926


Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371-7835


Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384-5820 / 3384-4203


Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102-1250


Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561-5551


Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581-9454


Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102-1102


Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677-4282


Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412-8082


Casa da Mulher Brasileira


A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.


Telefones para informações e denúncias:


Recepção: (85) 3108.2992 / 3108.2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108.2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108.2966 - segunda a quinta, 8h às 17h
Defensoria Pública: (85) 3108.2986 / segunda a sexta, 8h às 17h
Ministério Público: (85) 3108. 2940 / 3108.2941, segunda a sexta , 8h às 16h
Juizado: (85) 3108.2971 – segunda a sexta, 8h às 17h