Drogas vindas de Fortaleza e apreendidas em Lisboa são avaliadas em mais de R$ 10 milhões

Operação realizada pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira, 12, resultou na prisão de três pessoas. Investigações não descartam o envolvimento de terceiros no caso

A Operação 85, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira, 12, resultou na prisão de três pessoas por suposta participação no crime de tráfico internacional de drogas. A apreensão de 85 kg de cocaína ocorreu em Lisboa, em voo que partiu de Fortaleza/CE na noite do dia 17 de abril deste ano. A droga apreendida possui valor estimado em 3 milhões de euros (mais de R$ 10 milhões).

"Foi instaurado um inquérito, de imediato, para identificar quem de Fortaleza teria atuado nessa introdução da droga na bagagem, se era passageiro ou se era um terceiro. Foram identificados dois funcionários de entrega do aeroporto e um comparsa de fora", explica o delegado da Polícia Federal, Alan Robson Alexandrino Ramos.

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Os três suspeitos prestaram depoimento no início da tarde desta segunda-feira, 12, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Superintendência da Polícia Federal no Ceará (DRE-CE), em Fortaleza, e ficarão presos, em regime de prisão temporária, por pelo menos mais cinco dias, com possibilidade de prorrogação, caso necessário.

As investigações da Polícia Federal apontam que os três presos possuem ligação direta com o processo de introdução da droga na aeronave. Se condenados, os suspeitos poderão cumprir penas de até 40 anos de reclusão, conforme os artigos 33, 35 e 40 da lei 11.343/2006 (Lei de Drogas).

Pelo valor estimado da droga, o delegado acredita que outras pessoas podem estar envolvidas no caso, e as investigações seguirão durante os próximos dias.

"Essa droga vale cerca de 3 milhões de euros, mais de R$ 10 milhões, eles (os presos) são só um pedaço disso. A Polícia precisa desvendar quem mais está participando, quem financiou essa droga", destaca Ramos. Nesta segunda, 12, celulares e documentos foram apreendidos em Fortaleza e Aquiraz. O inquérito possui até 30 dias para ser concluído e deve ser encaminhado à Justiça.

O POVO entrou em contato com a Fraport, empresa responsável pela administração do Aeroporto de Fortaleza, para obter mais informações sobre o caso. Em nota, a instituição informou que as pessoas mencionadas na operação não são funcionários da Fraport, mas terceirizados da Empresa de Serviços Auxiliares ao Transporte Aéreo (Esatas), contratados por companhias aéreas.

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