Motoristas e cobradores votam a favor de estado de greve no Ceará
Edital para nova assembleia, que determinará o início da greve, será publicado na próxima terça-feira, 1º de junho
Atualizada às 15h35min
Motoristas e cobradores de ônibus decretaram estado de greve na manhã deste sábado, 29. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE) informou que o edital para uma nova assembleia, para determinar o início da greve, será publicado na próxima terça-feira, 1º de junho. Por enquanto, a circulação dos veículos segue normal.
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Caso a negociação não avance, a paralisação dos ônibus poderá iniciar 72 horas após aprovada a greve. "A proposta dos empresários de mais um ano sem reajuste salarial foi rejeitada pela categoria. É vergonhosa e desumana", escreveu o Sindicato em publicação no Instagram. A votação a favor do estado de greve ocorreu na avenida Tristão Gonçalves, nas proximidades da sede do Sintro.
Os trabalhadores pedem reajuste de 3% relativo ao ano de 2020 e de 9% para 2021, cesta básica no valor de R$ 180 e vale-refeição de R$ 18,54. Diretor do Sintro, Edweyne Martins disse que o sindicato patronal ofereceu à categoria reajuste de 2,49% por 2020 e aumento de R$ 5 no valor da cesta básica. "E nada de reajuste de 2021", acrescentou.
Uma outra assembleia também será realizada na tarde deste sábado, 29, para confirmar a decisão do estado de greve aprovado durante a manhã.
Sindiônibus
O POVO procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), que informou ter não ter sido notificado sobre qualquer paralisação. A entidade destacou que não conhece nenhum instrumento que estabeleça o termo 'estado de greve'.
De acordo com o Sindiônibus, as empresas associadas têm buscado honrar seus compromissos, principalmente os salários de todos os colaboradores, apesar da "crise financeira mais aguda da história do setor de transporte".
"O Sindiônibus repudia qualquer ato que prejudique a circulação dos ônibus e impeça o deslocamento da população e reitera que está sempre aberto ao diálogo. A entidade acredita que as pautas devem ser tratadas sob negociação, sem prejuízo ao fornecimento do serviço de transporte", completa.