Operação Motors: três homens são presos na Capital e RMF

Os suspeitos foram presos nos bairros Dom Lustosa e João XXIII, em Fortaleza, e no Guaribara, em Maranguape. Dois mandados de prisão preventiva, de alvos já presos e com cargos de chefia no esquema, foram cumpridos

15:10 | Mai. 18, 2021

Por: Angélica Feitosa
A Polícia Civil deflagrou a "Operação Motors" contra quadrilha que roubava e clonava motocicletas (foto: Divulgação/ PCCE)

Três pessoas foram presas, nessa segunda-feira, 17, na segunda fase da Operação Motors, desencadeada pela Polícia Civil, nos bairros Dom Lustosa e João XXIII, em Fortaleza, e no bairro Guaribara, em Maranguape. Também foram cumpridos outros dois mandados de prisão preventiva contra alvos detidos em presídios do Estado. Os suspeitos já presos são apontados pela Polícia como chefes do esquema criminoso que rouba motocicletas, as esconde em casas (algumas delas desocupadas) para, após um período, adulterarem os chassis e o número de motor dos veículos.

Os alvos identificados como chefes da organização são Diana Portela Aguiar, 34, com antecedentes por receptação, e Fernando Cesar Alves Ribeiro Júnior, 28, com passagem na Polícia por receptação e furto. Na primeira fase da operação, o casal foi preso em flagrante em posse de diversas placas e documentos em branco e falsificados. O casal, que assumiu o esquema criminoso aos policiais, está detido desde o dia 30 de março deste ano. 

Os três alvos da operação já haviam sido presos temporariamente no dia 30 de março e foram capturados mais uma vez. São eles: Francisco Erlon Lessa da Silva, 44, conhecido como "Negão", sem antecedentes criminais; Francisco Jeová Magalhães Dias, 52, — os dois eram responsáveis pela comercialização das placas falsificadas — e Luiz Vitor Santos da Silva, 22, apontado como responsável por guardar as motos após os veículos serem roubados. Com isso, os três foram conduzidos à Delegacia de Roubos e Veículos e Cargas (DRFVC), onde tiveram os mandados de prisão preventiva pelos crimes de roubo majorado e por integrar associação criminosa cumpridos.

Segundo a Polícia, o grupo era investigado desde 2019, quando os policiais civis foram acionados por uma vítima que flagrou uma motocicleta clonada igual a dela.

 

Modus operandi

A partir disso, os agentes identificaram que o modus operandi da associação criminosa consistia no roubo das motocicletas que, em seguida, eram escondidas em casas (algumas delas desocupadas). As motos eram guardadas durante o tempo necessário para que criminosos se certificassem que os veículos possuíam algum tipo de rastreador. Após esse período, os veículos eram adulterados, tendo chassi e número de motor modificados. A investigação desse grupo criminoso continua, segundo a Polícia, para que outros integrantes da quadrilha sejam capturados.