"Robótica Espacial": alunos da rede pública do Ceará participam de projeto piloto
Estudantes vão aprender a montar um robô Rover Lunar, inspirado na missão espacial Artemis da Agência Espacial Americana (Nasa)Oito escolas da rede pública de ensino do Ceará foram selecionadas, entre as 250 instituições do Brasil, para participar do projeto piloto “Robótica Espacial”. O projeto é uma iniciativa pedagógica da Universidade de Brasília (UnB) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com apoio técnico da Agência Espacial Brasileira (AEB). Ao todo, cerca de 11 mil estudantes do País, do 6º ao 9º ano, integram o programa, que teve início nessa segunda-feira, 10.
Criado para preparar e despertar os jovens para as novas tecnologias, além do objetivo de reduzir as desigualdades por meio da Educação Digital, o programa, que ocorre de forma remota, disponibiliza uma plataforma pedagógica com simuladores que ensinam conhecimentos teóricos e práticos de robótica. Os estudantes vão aprender a montar um robô Rover Lunar, inspirado na missão espacial Artemis da Agência Espacial Americana (Nasa). Os alunos poderão conhecer o conceito de cada componente, montagem, interligação, configuração e programação até concluírem o projeto final.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Ao todo, oito instituições estão representando o Estado no projeto: Escola Liceu Estadual Professor Domingos Brasileiro (Fortaleza); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE (Campus Aquiraz); Escola de Ensino Médio de tempo Integral Lia Sidou (Sobral); Escola de Tempo Integral Edgar Linhares Lima (Sobral); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE (Campus Sobral – Lavras da Mangabeira); Escola Estadual de Ensino Médio Filgueiras Lima (Jijoca de Jericoacoara); Escola José Teixeira de Albuquerque (Campos Sales) e Instituto Educacional Maria Dulce de Alencar (Campos Sales).
LEIA TAMBÉM | Alunos da rede pública de Iracema são selecionados para representar o Brasil em feira internacional
Para Carlos Augusto Sousa, diretor da Escola Edgar Linhares, localizada no município de Sobral, receber o convite para a instituição participar do programa foi uma satisfação enorme. A escola, que já vinha trabalhando a educação digital desde a implantação da sala Google, terá 25 estudantes no projeto piloto.
Em 2019, a Escola Edgar Linhares foi a primeira escola da rede pública do município a ter um laboratório Google for Education. No laboratório, os alunos contam com 20 chromebooks e um gabinete de recarga e armazenamento, além de espaço adequado para o desenvolvimento dos trabalhos.
Segundo a estudante Kailene Santos Rufino, do 8º ano, é gratificante poder participar do programa. “Estou aprendendo muito e, principalmente, como as tecnologias são fundamentais na nossa vida. Pretendo chegar até o final do curso e contribuir com a minha escola”, destaca. Para Dávila Vasconcelos, também aluna do 8º ano, fazer parte dos 25 alunos da escola de Sobral e representar o Estado no programa nacional é uma “honra”. “Pretendo aproveitar cada ensinamento oferecido durante o curso”, comenta.
Sobre o projeto
A iniciativa pedagógica partiu da Universidade de Brasília (UnB) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com o apoio técnico da Agência Espacial Brasileira (AEB), e está sendo executada pela Be Byte, escola de programação e robótica para crianças. As inscrições tiveram início em abril, e a seleção ocorreu por meio da escola de programação.
Os estudantes vão vivenciar, de forma realista, por meio de simuladores, a criação e montagem do robô “Rover Vehicle ” - inspirado no projeto Artemis, liderado pela Nasa, do qual o Brasil faz parte por meio da Agência Espacial Brasileira.
De acordo com a Be Byte, o projeto tem a finalidade de preparar as crianças e os jovens para as futuras mudanças tecnológicas. “Cientistas e analistas chamam esse processo de a 'Quarta revolução industrial'. As condições de trabalho, em todo o planeta, vão sofrer enormes mudanças. É preciso preparar as crianças e os jovens para este futuro, cada vez mais atual”, diz a descrição do projeto.
LEIA TAMBÉM | Material inédito é produzido por professores do Ceará para ensinos infantil e fundamental
Ainda segundo a escola de programação e robótica, o Brasil precisa investir em educação, mas uma educação que, também, aponte para o futuro. “Precisamos preparar os jovens inventores brasileiros para elevar o nível de produção científica e patentes nacionais.”
No curso, as aulas ocorrem de forma remota e combinam teoria e prática, simulando o uso de multímetros, ferramentas mecânicas, motores, microcontroladores, protoboards, leds, sistemas elétricos e módulos Bluetooth. Os alunos conhecerão o conceito de cada componente, montagem, interligação, configuração e programação. Ao final do programa, os alunos deverão montar e apresentar o robô para demonstrarem o conhecimento absorvido. O curso ainda disponibilizará certificado para cada participante.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente