Polícia Federal desarticula quadrilha especializada em produção de dinheiro e documentos falsos

As investigações iniciaram com o desmantelamento de um laboratório no Ceará, no último dia 23 de março

A Operação Deep Fakes, realizada pela Polícia Federal em três estados - Ceará, Paraná e Minas Gerais - desarticulou, na última terça-feira, 13, uma quadrilha especializada em produção de cédulas de dinheiro e de documentos de identificação civil falsificados. Os criminosos também confeccionavam cartões de crédito clonados, produziam sistemas ilegais de busca de dados de pessoas e abriam contas bancárias clonadas. As investigações iniciaram com o desmantelamento de um laboratório no Ceará, em 23 de março de 2021, em Cascavel.

Segundo a PF, em março, foi preso o responsável pelo local de confecção do material falsificado, no próprio laboratório, no Estado, na praia da Caponga, em Cascavel. Ele teve prisão preventiva decretada pelos crimes de moeda falsa, petrechos para falsificação, falsificação de documentos e estelionato. Outros três responsáveis pela confecção da documentação fraudulenta haviam fugido, mas foram presos, na ação, nas cidades de Maringá (PR), Santa Isabel do Ivaí (PR) e Sete Lagoas (MG).

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Cerca de 23 policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Foram apreendidas mídias com matrizes para produção de cédulas falsas de todos os valores, inclusive de R$ 200.

Foram localizados, ainda, durante as prisões nas cidades, maquinários para produção de moedas metálicas de 10, 20 e 50 centavos e também de R$ 1, além de materiais de fundição, moldes, centrífuga, forno, vulcanizadores e outros elementos para a fabricação de moedas metálicas falsificadas.

Além do material para a produção de cédulas e moedas falsificadas, os policiais federais apreenderam matrizes para a produção de documentos de identidade de todos os estados brasileiros, carteiras nacionais de habilitação; certidões de nascimento, de casamento e de óbito; diplomas de várias universidades e outros. Os documentos produzidos seriam utilizados para a realização de diversas fraudes, tal como a abertura de contas bancárias em nome de terceiros.

Também chamou a atenção a produção de cartões clonados, cartões cidadão e outros tipos de cartões para recebimento de benefícios previdenciários.

O montante apreendido em cédulas falsas, até o momento, soma aproximadamente R$ 300 mil. Também foram localizados R$ 70 mil em notas verdadeiras e veículos, sem origem, em nome de terceiros.

A operação é decorrente do trabalho conjunto com a Diretoria de Segurança Corporativa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A Polícia Federal, desde o ano de 2019, apreendeu aproximadamente R$ 10 milhões em cédulas falsas nas ações de combate às falsificações de moeda.

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