Próximos dois semestres da UFC terão 200 dias letivos, decide Conselho
Um novo cronograma deve ser confeccionado pela Pró-Reitoria de Gradução (Prograd) a partir de propostas e sugestões dos membros do Conselho e tendo em vista os 200 dias letivosOs próximos dois semestres da Universidade Federal do Ceará (UFC) terão 100 dias letivos cada um, conforme decisão tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) nesta segunda-feira, 12, em reunião virtual.
O encontro tinha como pauta principal a análise de um calendário universitário elaborado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o qual não foi acatado após 20 votos em favor e 22 votos contra.
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Esta versão sugeria 85 dias letivos por semestre, nos conformes do Conselho Nacional de Educação, mas os presentes da reunião acordaram ser mais adequado o período de 100 dias para aproveitamento acadêmico.
A proposta era mais enxuta, pois a administração da UFC planejava evitar defasagem na cronologia dos semestres e retomar ao alinhamento com outras instituições de ensino do Ceará.
No esquema dos 100 dias letivos, o Conselho sugeriu início do primeiro semestre de 2021 em 10 de maio e término em 2 de setembro. Já o 2021.2 começaria em 27 de setembro e encerraria em 3 de fevereiro de 2021.
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Um novo cronograma deve ser confeccionado pela Prograd a partir de propostas e sugestões dos membros do Conselho e tendo em vista os 200 dias letivos. Outra reunião do CEPE discutirá a futura proposta.
Sindicato
Em nota, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc) criticou a proposta inicial de calendário por não “oferecer condições adequadas para o cumprimento das atividades acadêmicas, como estágios, projetos, dentre outros”. Ainda, a entidade declarou que o reitor da UFC, Cândido Albuquerque, “desconversou” um pedido de participação da Adufc na reunião do Conselho, que almejava deliberar sobre direito a férias de docentes.
O cronograma de 100 dias foi elogiado pelo sindicato, pois “visa garantir a qualidade do ensino/aprendizado já prejudicado pelo modelo remoto de aulas, sem submeter professores e estudantes a um semestre mais curto em dias, mas com a mesma carga horária”. Foi constatada, ainda, a importância de 30 dias de recesso, no mínimo, entre os semestres, para planejamento dos professores.
A Adufc também escreveu que a administração superior da UFC não se sensibilizou com relatos de professores que “narraram problemas pessoais que têm enfrentado na pandemia, como dificuldades materiais de estudantes, adoecimento de docentes e até perdas de familiares para a Covid-19”. O POVO entrou em contato com o gabinete do reitor e aguarda retorno.