Violência contra a mulher: 27 pessoas são presas em operação nesta segunda-feira
A ação ocorre desde o dia 1º de janeiro. As prisões foram por feminicídio, violência doméstica e crimes sexuais. No total, foram 230 prisões efetuadas no Ceará
14:55 | Mar. 08, 2021
Atualizada às 19h23min
A Operação Resguardo, que teve como alvo principal pessoas que praticam violência contra a mulher, prendeu, somente nesta segunda-feira, 8, um total de 27 pessoas no Ceará. A ação ocorre em todo o País desde o dia 1º de janeiro, e visa combater crimes contra a mulher em todo o País.
No Estado, desde o início do ano, foram 1.708 denúncias checadas e apuradas, 1.072 procedimentos policiais instaurados, entre inquéritos, flagrantes, Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e Boletins de Ocorrência. Um total de 4.475 mulheres foram atendidas e 230 prisões foram efetuadas no Ceará.
As prisões ocorreram por crimes de violência contra a mulher, desde violência doméstica, feminicídio, estupro, entre outros, desde o dia 1º de janeiro até esta segunda-feira, 8. As detenções desta segunda foram em Fortaleza e Região Metropolitana e na Região do Cariri. No total, 159 policiais civis, em 22 viaturas, participaram da ofensiva que no Ceará é coordenada pelo Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis da Polícia Civil e realizada pelas Delegacias de Defesa da Mulher.
“Hoje é o coroamento dessa operação. Ficamos muito satisfeitos com o engajamento do Departamento de Polícia Judiciária de Proteção aos Grupos Vulneráveis e de toda a Polícia Civil do Estado do Ceará, que se envolveu nesse propósito de tirar de circulação e defender as mulheres, ainda mais nesse período de isolamento”, informa Marcus Rattacaso, delegado geral da Polícia Civil.
Diretora do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, Rena Gomes conta que foi feito um recorte da violência doméstica e familiar contra a mulher, da violência de gênero e da violência sexual. Todas as dez delegacias de Defesa da Mulher do Ceará participaram da operação, além dos distritos policiais em cidades onde não há uma delegacia especializada e foi feito um atendimento de mulher vítima de violência, também participaram da operação.
A delegada diz que em 2020, por conta do isolamento social, houve uma diminuição no número de ocorrências relacionadas à violência doméstica e contra a mulher. “As mulheres estavam impossibilitadas de fazer as denúncias”, diz. Com o parceiro em casa o dia inteiro, era mais difícil a mulher comparecer até uma delegacia.
Por conta disso, a Polícia Civil incluiu nos boletins de ocorrência eletrônicos a possibilidade de realizar esse tipo de queixa. “É importante afirmar que, durante todo esse período de pandemia, nenhuma Delegacia de Defesa da Mulher deixou de atender no seu horário integral. E agora já estamos infelizmente recebendo altos índices de denúncia, mas felizmente porque a operação visa a responsabilização desses agressores”, conta.
Nacionalmente, a Operação Resguardo apurou mais de 45 mil denúncias, realizou 68,3 mil diligências e instaurou 55,9 mil procedimentos policiais. Ao todo, foram 159.277 vítimas atendidas e 51.382 medidas protetivas solicitadas no período de 1º de janeiro a esta segunda-feira, 8. Além das prisões, foram apreendidas 1.172 armas de fogo no País, sendo 34 no Ceará.