33% dos estudantes do CE foram prejudicados no último Enem por falta de infraestrutura
Redação é a área mais afetada por falta de equipamentos e acesso à internet no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019. A falta de estrutura resultou em 33,3% de estudantes abaixo da médiaA partir de respostas do questionário socioeconômico da edição de 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cerca de 33,3% dos estudantes no Ceará foram prejudicados, ou seja, tiveram a média menor, por falta de acesso à internet e celular ou computador. As informações são do portal Quero Bolsa. O dado acende alerta ainda maior para os impactos a serem observados por conta da suspensão das aulas presenciais.
A plataforma de bolsas de estudos e vagas no ensino superior aponta que 66,7% dos pré-vestibulandos que se inscreveram no Exame ano passado responderam que têm internet em casa e smartphone ou computador. Assim, eles teriam a conexão e o aparelho para conseguir acessar o material desenvolvido para ensino a distância.
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Quando questionados se tinham internet, a taxa foi de 67.25%. Quanto ao celular, esse número sobe para 95,76%. Falando de computador, ele cai para 36,20%.
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O Quero Bolsa aponta ainda que alunos sem infraestrutura adequada tendem a ter resultados piores no Enem. Em 2019, a média geral de pontos (somando as 4 provas mais a redação, dividindo por 5) foi de 499,3 pontos. Quando o aluno tinha a estrutura básica, a média subia para 515,3. Quando ele não tinha, ela caía para 465,4.
Isso se repete se analisarmos todas as provas individuais também. O maior déficit se dá em redação, quando a nota média é de 573,3 e cai para 511,4. A maior vantagem das pessoas com estrutura é na mesma redação, chegando a 602,72.
Ao considerar os dados do País, o percentual de prejudicados (22,8%) é bem menor comparado ao desempenho de estudantes do Ceará. Cerca de um quarto dos inscritos. Além disso, conforme o Quero Bolsa, 77,8% têm internet, computador ou celular para estudar. Apenas internet, 77,62%. Sobe para 97,85% se considerado apenas o celular. Quanto ao computador, 53,97% possuía o equipamento.
Em 2019, a média geral de pontos foi de 507,3 pontos. Quando o aluno tinha a estrutura básica, ela subia para 518,8. Quando não a tinha, caía para 465,5. O maior déficit se dá em redação, quando a nota média é de 579,8 e cai para 515,9. A maior vantagem das pessoas com estrutura, assim como no Ceará, é também na redação, chegando a 597,3.
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