Até o fim de janeiro, entidades decidem sobre aulas presenciais na rede estadual
|RETOMADA EDUCACIONAL| A previsão do presidente da Apeoc é de que haja consenso entre os envolvidos para retorno gradual e híbridoCom calendário letivo de 2021 previsto para iniciar em fevereiro, as aulas na rede estadual de ensino do Ceará se encaminham para retornar gradualmente de forma híbrida - quando há combinação de classes virtuais e presenciais. O consenso sobre as condições da retomada educacional deve ocorrer até o fim de janeiro, conforme Anízio Melo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Lotados nas Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Ceará e nas Secretarias ou Departamentos de Educação (Apeoc).
Anízio afirma que a decisão será tomada de forma conjunta entre os representantes dos alunos, educadores e Secretaria da Educação do Ceará (Seduc). Série de reuniões ocorre para alinhar as reivindicações. Na próxima quinta-feira, 7, os diretores da Apeoc se reúnem para debater sobre o tema, onde também devem apostar no fortalecimento do digital, atenção à saúde mental dos profissionais da educação e na valorização salarial, para levar os pontos ao Governo.
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“Primeiro temos a narrativa, que é difícil de ser feita, de que não houve parada do ensino, mas um deslocamento para o virtual, que ainda, sim, é precário. Enquanto não houver condições sanitárias razoáveis que deem segurança mínima aos professores e estudantes, o retorno 100% está bem longe. O que vamos discutir é o ensino híbrido”, afirma Anízio, que pontua ainda sobre a estrutura das escolas para receber a comunidade de volta.
Sobre o assunto:
Diretor da Associação Cearense de Estudantes Secundaristas (Aces), Jonathan Sales afirma que é a favor do retorno gradual das aulas presenciais, mas pontua a necessidade de redobrar os cuidados sanitários, tendo em vista o recrudescimento da pandemia. “Pedimos que tenham atenção para que, assim como querem vacinar os professores de forma prioritária, vacinem os estudantes também. Só assim nós teremos um ano letivo novo e conseguiremos recuperar da melhor forma o ano perdido que tivemos.”
Sales afirma que nos próximos dias também deve se reunir com os estudantes para debater e alinhar as questões, mas frisa que ainda não foi chamado para discutir o retorno das aulas em 2021. “Prezamos muito por ouvir e pelo diálogo. Queremos saber a proposta de retorno da Secretaria da Educação”, anseia.
Em nota, a Seduc afirma que, para o retorno presencial, serão observadas todas as condições sanitárias. A previsão é de que as atividades sigam o modelo de ensino híbrido. No entanto, a pasta não deu mais detalhes sobre como deve ocorrer.
No fim do último mês, a vice-governadora Izolda Cela afirmou que o retorno presencial deve ocorrer já no início de fevereiro. O tema, de acordo com ela, é pensado com "esperança" e "determinação". Izolda afirmou ainda que será feito acompanhamento customizado com cada estudante e que há diagnóstico em elaboração para mensurar o impacto da suspensão das aulas presenciais no Ceará, paralisadas desde março de 2020 como medida de segurança para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Professores
Após dois anos de espera, os professores aprovados no concurso público de 2018 ingressarão na rede pública estadual de ensino em 2021. No total, serão 2,5 mil. As vagas foram divididas nas 13 disciplinas do Ensino Médio, mais a Língua Brasileira de Sinais (Libras), para exercício nas escolas estaduais do Ceará, de acordo com o edital de convocação.
Conforme a Seduc, na primeira convocação, já neste mês, serão chamados 1.250 aprovados, por ordem de classificação, nas 13 disciplinas do Ensino Médio, sendo 50% do total de classificados por disciplina, além de Libras.
Na segunda convocação, em junho de 2021, também serão convocados 1.250 professores nas 13 disciplinas do Ensino Médio e Libras, perfazendo os 50% restantes por disciplina. A Pasta não falou sobre como ficará a situação dos educadores temporários.
O concurso foi homologado em dezembro de 2019 para convocação de 500 vagas em agosto de 2020. No entanto, o cronograma foi suspenso por conta do estado de calamidade pública declarado pelo Decreto Legislativo nº 543, no dia 3 de abril do ano passado.
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