Açudes do Ceará começam 2021 com o melhor nível em sete anos
Percentual chega a 25,8%. Observando o começo do mês de janeiro nos últimos seis anos, o acúmulo hídrico no Estado não chegou aos 20%
12:41 | Jan. 04, 2021
O Ceará começa 2021 com acúmulo hídrico de 25,8% nos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) — melhor percentual observado nos últimos sete anos. A situação esteve melhor que a atual no começo do ano pela última vez em 2014. O volume equivale a 4,80 bilhões de metros cúbicos (m³), sendo a capacidade total do sistema de 18,6 bilhões de m³.
Analisando o começo do mês de janeiro nos últimos seis anos, o acúmulo hídrico no Estado não chegou aos 20%. Na última década, o maior volume registrado na abertura de um ano foi em 2012, quando o Ceará atingiu 68% da sua capacidade hídrica total.
Dentre os reservatórios cearenses, atualmente apenas o açude Caldeirões, localizado no município de Saboeiro e pertencente à bacia do Alto Jaguaribe, apresenta volume acima de 90%, chegando a alcançar 94,9% da sua capacidade total. Nenhum açude está sangrando ainda.
Além disso, 65 açudes se encontram com volume abaixo de 30%, incluindo o Castanhão, maior reservatório do Estado, que registra 11,08% de sua capacidade. Outros açudes principais estão na mesma situação. Enquanto o Orós, na bacia do Alto Jaguaribe, registra 20,73% da sua capacidade total, o Banabuiú, localizado em bacia homônima, tem 12,02% de volume.
As informações são do Portal Hidrológico, ferramenta da Cogerh que monitora o nível dos reservatórios. Os dados foram acessados às 8h28min desta segunda-feira, 4.
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Ano passado teve melhor aporte hídrico desde 2012
Em 2020, os açudes cearenses receberam um aporte hídrico de 5,99 bilhões de m³ considerando dados até o mês de julho, o que corresponde ao melhor resultado desde 2012. O detalhamento está na última resenha diária de monitoramento, publicada no dia 30 de dezembro, e não inclui a Região Metropolitana de Fortaleza.
As bacias Acaraú, Litoral e Serra da Ibiapaba possuem os maiores volumes armazenados com 72,7%, 71% e 68,6% de suas capacidades, respectivamente. Em contrapartida, uma das bacias mais importantes, a do Médio Jaguaribe, onde está o Castanhão, detém o menor volume armazenado, 10,8%.
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