Britânico preso em Fortaleza é condenado pela Justiça do Ceará

Conforme a decisão, o réu foi considerado culpado por utilizar diversos codinomes para se manter foragido, além de ser "membro de organização criminosa internacional, estando foragido da justiça de seu país

12:29 | Dez. 28, 2020

Por: Matheus Facundo
J.W. foi preso pela PF no dia 19 de junho (foto: Divulgação)

James Joseph White, britânico de 42 anos preso em junho pela Polícia Federal (PF) em Fortaleza, foi condenado a cinco anos de reclusão pelo crime de uso de documento falso. Na ocasião de sua prisão, o estrangeiro apresentou passaporte originário do Suriname, sob o nome de Vincent McCall, porém, por identificação papiloscópica, os policiais confirmaram a real identidade. Sentença foi proferido no último dia 18 de novembro pela juíza federal substituta da 11ª Vara, Heloísa Silva Melo.

O britânico era procurado pela polícia do Reino Unido por crimes de tráfico de drogas, sequestro, lavagem de dinheiro, homicídio, tráfico de armas e explosivos, formação de quadrilha, entre outros crimes. De acordo com a PF, a prisão foi em um apartamento de luxo no bairro Meireles. O preso é conhecido por ser "extremamente violento". Além de ser um dos criminosos mais procurados pela polícia do Reino Unido, J.W. é alvo da "Escalade Operation".

Conforme a decisão, o réu foi considerado culpado por utilizar diversos codinomes para se manter foragido, além de ser "membro de organização criminosa internacional, estando foragido da justiça de seu país, acusado por crimes de tráfico de drogas, sequestro, lavagem de dinheiro, homicídio, tráfico de armas e explosivos, formação de quadrilha, entre outros crimes".

"Trata-se, portanto, de elemento perigoso, razão pela qual entendo que a pena-base deve ser estabelecida em patamar bem superior ao mínimo, o que faço fixando a pena base em 05 (cinco) anos de reclusão", definiu a juíza da 11ª Vara Federal do Ceará.

Defesa

 

No último dia 22 de dezembro, a defesa de James White ingressou com recurso de Apelação Criminal para questionar a sentença. Tese do advogado afirma que a condenação foi por um "crime impossível", já que no ato da prisão os policiais federais já terem conhecimento de quem era James, "por vastos documentos e fotografias", apesar de o acusado ter apresentado outra identidade.