Tem branco no Ceará? No Dia da Consciência Negra, cearenses falam sobre negritude

Moradores de Fortaleza falam sobre a negritude no Ceará, a tomada de uma consciência negra e a ideia difundida de quem não existiriam negros no Ceará

15:21 | Nov. 20, 2020

Por: Redação O POVO
Raquel Andrade, advogada (foto: Aurelio Alves)

O que é ser negro ou negra no Ceará? No Dia da Consciência Negra, três moradores de Fortaleza falam sobre vivências, trajetórias, experiências. Como a questão étnica se apresenta na vida, a descoberta de que por ser negro eram tratados de forma diferente. Os nãos recebidos na trajetória. E também os sins. A afirmação. O encontro da consciência de ser negro. A aproximação com a cultura, as manifestações. As raízes familiares e a presença da negritude. A religiosidade. O conhecimento da afrobrasilidade.

Assista ao vídeo:

E o velho chavão, de que não haveria negros no Ceará. Isso é verdade? A pretensão do cearense como uma identidade branca. "Nos cobram sempre nos perguntando: tem negro no Ceará?. Está na hora de a gente começar a perguntar: e tem branco no Ceará?, indaga o professor Hilário Ferreira. 

As entrevistas foram conduzidas pela jornalista Alice Sousa. As imagens são de Aurélio Alves. A edição é de PH Dias.

Entrevistados:

Carlos Gallo, rapper carioca radicado no Ceará. No ano passado foi vencedor do "álbum do ano" na Genius com o disco "Veterano".

Hilário Ferreira, professor da Faculdade Ateneu, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (1994) e mestre em História pela Universidade Federal do Ceará (2005). É professor da Faculdade Ateneu.

Raquel Andrade é especialista em Direito e Processo do Trabalho, mestranda em Avaliação de Políticas Públicas pela Universidade Federal do Ceará (UFC), membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), vice- presidente da Comissão da Mulher Advogada e membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE). Membro do Conselho Curador da Fundação de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - FAIFCE. Pesquisadora em Direitos Humanos da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec). Foi assessora administrativa da Procuradoria Geral do Município (PGM) e assessora especial da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Fortaleza.

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