21 pessoas já foram autuadas por crimes eleitorais pela PF durante Operação Eleições 2020

Ainda estão em andamento quatro procedimentos, por propaganda eleitoral irregular, transporte irregular de pessoas e boca de urna

21 pessoas foram autuadas até o último balanço, neste domingo, 15, da Operação Eleições 2020 da Polícia Federal por crimes eleitorais. Do total, seis suspeitos permanecem presos, cinco por compra de voto e um por transporte irregular de eleitores. Ao todo, foram cumpridos 35 mandatos de busca e apreensão em  cidades como Fortaleza, Ipueiras, Caridade, Boa Viagem, Ipu, Campo Sales, Penaforte, Brejo Santo, Juazeiro do Norte e Assaré. Na maioria dos casos, a suspeita da Polícia Federal é de compra de votos.

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Ainda estão em andamento quatro procedimentos, por propaganda eleitoral irregular, transporte irregular de pessoas e boca de urna. Um desses procedimentos em aberto foi registrado em Pacatuba por transporte irregular de eleitores, que, segundo apurado pelo O POVO, os estariam levando pessoas que transferiram irregularmente seus títulos de eleitor para outro município em troca de valores. "Foi verificado que várias pessoas estariam sendo transportadas irregularmente para votar no município de Pacatuba. Só que está sendo averiguado a possibilidade de ter havido a captação irregular de sufrágio e quais o candidatos responsáveis pela captação desses eleitores", afirmou o Delegado Paulo Henrique Oliveira Rocha, coordenador da PF Eleições 2020.

A operação começou no dia 9 de outubro em Fortaleza e Juazeiro do Norte. Nas demais 16 cidades que fazem parte da ação, os agentes começaram o cumprimento de mandados e prisões na quarta-feira , 11. Até o momento, cerca de R$ 82 mil, além de veículos, computadores, celulares e materiais de propaganda foram apreendidos. Nessas ocorrências, houve mandados direcionados a candidatos a vereador, mas não ninguém foi preso por não serem flagrantes. Valores e materiais de propaganda foram apreendidos, mas a Justiça Eleitoral ainda deve analisar para um possível inquérito.

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Em comparação com outros pleitos, o delegado Delegado Paulo Henrique Oliveira Rocha, analisa que a movimentação tem sido menor, mas a quantidade de prisões tem sido consideráveis. Segundo ele, a pandemia e a ações de proibições de carreatas e passeatas impostos pelo  Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ajudaram a atenuar o fluxo de crimes eleitorais, mas a mudança no tipo de investigação da PF estão impactando nas autuações. 

Outro ponto ressaltado foi o aumento da atuação de facções criminosas do pleito eleitoral, com  citado em Caucaia. Segundo o delegado, a mudança não é a participação em si, mas o nível de envolvimento. "O grau incisivo, o grau de interferência deles. A quantidade de ocorrências e o grau de interferência dessas facções criminosas nas eleições tem sido uma novidade, aumentou bastante", afirmou. Além das ocorrências de busca e apreensão, foram feitas ações de inibição de coações contra a liberdade dos eleitores em que houve a participação de facções. 

Em comparação à eleição passada, segundo o balanço parcial, houve a diminuição de casos de fake news, as notícias falsas."Chegaram algumas notícias, mas estranhamente não teve  um volume que se imaginava ter seis meses atrás. Os motivos ainda teremos que analisar direitinho", completou o delegado.

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