Ceará registra alta de quase 87% em exportação de peixes ornamentais

Aumento é referente aos últimos nove meses em comparação ao mesmo período do ano passado. Dados foram divulgados pela Sedet nesta terça-feira, 20

A exportação de peixes ornamentais no Ceará registrou aumento de 86,4% entre janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período no ano passado. É o que informa um levantamento realizado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Sedet). O aumento foi divulgado nesta terça-feira, 20, pelo órgão e mostra uma evolução econômica de US$ 263 mil para US$ 490 mil para o Estado.

O órgão acredita que, com a alta nas exportações das espécies, a ampliação deste mercado possa atingir 30% até o final do ano no Ceará. Os peixes ornamentais são uma segmentação da piscicultura cearense que está cada vez mais relacionada a bons negócios, destaca a pasta. Segundo o secretário-executivo do Agronegócio da Sedet, Sílvio Carlos, o desejo é formalizar empresas destes segmentos e desburocratizar processos, além de criar um ambiente mais “favorável" no desenvolvimentos de negócios.

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Exportação durante a pandemia

O crescimento é notado entre empresas atuantes neste segmento no Estado. De acordo com o empresário Paulo Araújo Pinto, da empresa Agroquímica Comércio e Produtos Veterinários, que revende produtos para cerca de 400 lojas nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão, a mudança foi positiva e foi observada nos últimos meses.

Já para o representante da H&K Peixes Ornamentais Hudson Crizando, atuante há 29 anos no setor de exportações de peixes ornamentais, o mercado tem tendência promissora. Segundo ele, em virtude da pandemia de Covid-19, ocorreu o bloqueio de transportes para o mercado exterior, mas de maio em diante registrou uma alta demanda para a venda das espécies. O que pode ser explicado pelo retorno gradual das atividades no Estado que pode ter estimulado o crescimento.

Ele também avalia como positivo o fato de Fortaleza passar e ter voos internacionais. “Antes a gente tinha que mandar os peixes para São Paulo, para de lá embarcar para o exterior. Pagávamos fretes até quatro vezes mais caro”, informa.

As exportações cearenses tendem a alcançar um patamar entre US$ 100 mil e US$ 120 mil mensais, caso não ocorra novo lockdown na Ásia e Europa. O que levaria as vendas internacionais para um volume superior a US$ 800 mil, valor bem acima dos US$ 556,6 mil registados em 2019, informa Hudson.

Mercado Pet

Segundo levantamento feito pela Associação de Criadores e Lojas de Aquário do Ceará (Aclace), em 2013, o Brasil aparece em quarto como maior mercado para pet do mundo. Quando considerado apenas para cães, gatos e aves de canto, o país se posicionou em segundo.

No mercado de peixes ornamentais, a tendência é concluir o ano com forte crescimento, já que os dados mostram uma evolução, é o que estima o presidente da Aclace, Ivan Oliveira. Ele prevê crescimento de 15% até o final de 2020, mas destaca que há empresas que apostam em 30%.

As vendas de peixes ornamentais também foram observadas no mercado interno. Conforme o CEO da Mundo Pet, Luis Andre Bastos, a empresa registrou aumento entre 30% e 35% na venda das espécies. Já em relação a rede de pet shop, cães e gatos representam 80% do negócio. Os peixes aparecem entre 3% e 5% nesta categoria.

Segundo o SEO, há uma superstição por parte das pessoas de que criar peixes dá trabalho, destacando que as espécies morrem fácil ou que é difícil criar. Ele garante que não é bem assim, já que produtos foram lançados e há investimento desse mercado. “Hoje ter um aquário em casa é muito mais fácil que há cinco anos”, destaca.

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