Mais duas escolas suspendem aulas presenciais por contágio de Covid-19 entre profissionais na Grande Fortaleza
Desde a retomada da educação infantil privada, no inicio de setembro, Capital e Região Metropolitana registraram pelo menos três casos de escolas que suspenderam aulas por contágio da doençaDuas instituições de ensino com sedes nos bairros José Walter, na Capital, e no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), paralisaram atividades presenciais após profissionais testarem positivo para Covid-19. Desde a retomada da educação infantil privada, no inicio de setembro, Fortaleza e RMF registraram pelo menos três casos de escolas que suspenderam aulas por contágio da doença.
"Por amor a vida, resolvemos suspender as aulas presenciais do Ensino Infantil no restante do ano de 2020. Infelizmente, dois colaboradores testaram positivo para a Covid-19", diz o colégio particular Educar em comunicado dado aos pais, no último dia 30. Com unidade principal centrada no José Walter, a escola havia retornado atividades após permissão do Estado.
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Procurada pelo O POVO, a instituição afirmou que apenas a faixa infantil estava estudando presencialmente e que não houve caso de contaminação entre alunos. No entanto, após dois profissionais serem diagnosticados, a direção resolveu que apenas o 3° ano do ensino médio realizaria atividades presenciais até dezembro, devido à necessidade de suporte para vestibulandos.
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Já a instituição localizada na cidade do Eusébio, Professor Clodomir Teófilo Girão, que faz parte da Associação Estação da Luz, precisou ser interditada pela Secretaria de Saúde do Município, por meio da Vigilância Sanitária, no último domingo, 4. O fato ocorreu após oito profissionais testarem positivos para a doença.
De acordo com Mario Lucio, secretário de Saúde da região, a pasta auxiliou a realização de 41 exames entre os colaboradores e, mediante oito resultados positivos, suspendeu atividades presenciais por cerca de 20 dias. Além das aulas, no espaço também funciona projetos esportivos voltados para crianças.
"A questão agora é cortar esse rede de contágio. Nós não podemos expor essas crianças e as famílias", destacou o secretário. O POVO entrou em contato com a escola por meio de e-mail para buscar um posicionamento, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido retorno.
O processo de suspensão das atividades após confirmação de casos faz parte de um protocolo estabelecido pela Secretária de Saúde do Ceará (Sesa). Desde a retomada presencial do ensino infantil, servidores de unidades de educação realizam exames, com auxilio da pasta.
Caso o resultado da testagem seja positivo, o profissional precisa comunicar a escola e, consequentemente, deve haver um anúncio às famílias e à Secretária de Saúde do Município. De acordo com órgão, se dois ou mais profissionais testarem positivo para a doença toda a escola deve ser fechada.
Além disso, alunos e funcionários devem ficar em auto quarentena por, no mínimo, 14 dias - período em que o comportamento do vírus é observado.
Três escolas com aulas suspensas na Grande Fortaleza
Desde que o retorno da educação presencial foi permitido, inicialmente apenas para o ensino infantil, ao menos três escolas já registraram casos do novo coronavírus entre colaboradores, precisando suspender suas atividades. Segundo a Sesa, o colégio Antares paralisou, na última segunda-feira, 5, aulas após contágio detectado em dois profissionais.
Localizada no bairro Joaquim Távora, a escola seguiu o protocolo e notificou diagnóstico a órgãos de saúde, que informaram casos positivos à Sesa. O POVO entrou em contato com o colégio e aguarda retorno.
Na ocasião, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Ceará (Sinep-CE) afirmou que diagnósticos foram dados após processo de testagem do Estado. "Por medida de precaução e seguindo as orientações do Protocolo Setorial 18, a escola entrou em investigação", destacou ainda.
O POVO questionou o órgão quanto às outras duas escolas com aulas suspensas, assim quanto ao andamento do processo de testagem nos professores e a notificação dada aos municípios. Até o fechamento desta matéria, no entanto, Sinep ainda não havia se pronunciado.