MSC Shuba B: maior navio a atracar no Porto do Pecém leva frutas para exportação

Na manhã do último sábado, 29, o navio MSC Shuba B atracou no berço 10 do Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), por volta das 11h30min. O navio, de 48 metros de largura, chamou a atenção de quem estava no Porto do Pecém, sendo o maior que já atracou no terminal marítimo desde sua inauguração, em 2002. O navio veio ao Ceará para cumprir a rota do serviço NWC, que conecta o Brasil ao norte da Europa.

O presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, afirmou que a chegada do navio é um motivo de orgulho para os profissionais do Porto do Pecém. Ele conta que a obra do berço 10 foi concluída para para elevar a capacidade operacional do Complexo, e passar a receber navios de grande porte como este. Ele afirma que assim, é possível seguir uma orientação do governador Camilo Santana, em tentar transformar o Pecém no “portão de entrada e saída de cargas para o nordeste brasileiro”.

O navio, com a bandeira de Portugal, capacidade de 12.238 TEUs e tonelagem bruta de 113.112, chegou ao litoral nordestino impulsionado pelo crescimento da fruticultura brasileira. Melões, oriundos do Rio Grande do Norte, representaram a maior carga movimentada pela Pecém. Mangas e uvas também são escoadas pelo terminal portuário. Os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Pernambuco são os que mais exportam frutas frescas para países como Espanha, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. As expectativas para a safra deste ano são positivas, e sinalizam um crescimento de 30% em relação aos volumes alcançados em 2019.

Daniel Soares, presidente da MSC Fortaleza, afirmou compromisso com o desenvolvimento da economia cearense. Ele declarou que pretendem contribuir com a visibilidade e promoção da fruticultura com um tempo de trânsito competitivo com outros importantes portos da Europa.

A operação de exportação durou quase 24 horas no Porto do Pecém e, no último domingo, 30, seguiu para portos localizados no norte da Europa. A previsão é que ele vá, primeiramente, ao Porto de Roterdã, na Holanda; siga para O Porto de Londres, na Inglaterra; os postos de Hamburgo e Antuérpia na Alemanha; chegue a Le Havre na França, e por último, ao Porto de Sines em Portugal. O diretor comercial da APM Terminals Pecém, André Magalhães, vê o acontecimento como um “divisor de águas” para o Pecém, e espera que traga novas oportunidades de negócios e economia para o Nordeste.