Operação em 33 municípios tem como alvos 30 chefes de facção no Ceará
Dos 30 chefes de facção, 25 já estavam presos. Foram cumpridos aproximadamente 300 mandados de prisão, busca e apreensão em 33 municípios do Ceará. Em Fortaleza foram 47
11:23 | Ago. 27, 2020
Atualizada às 13h20min
A terceira fase da Operação Aditum tem como alvos 43 pessoas que estavam em liberdade, além de 102 mandados contra pessoas que já se encontravam presas. Entre os alvos, havia cinco pessoas que teriam função de chefia nas facções que estavam em liberdade. Entre eles está um peruano investigado por tráfico internacional de drogas. Há também a pessoa apontada como o "geral das armas" responsável pelo arsenal que abastecia o grupo com armas. Entre os que já estavam presos, 25 pessoas teriam função de chefia. Seriam assim pelo menos 30 pessoas da alta hierarquia da facção criminosa que foram alvos. As informações foram fornecidas na manhã desta quinta-feira, 27, em entrevista coletiva na sede do Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro Aeroporto.
São cumpridos aproximadamente 300 mandados de prisão preventiva, busca e apreensão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa, 47 deles em Fortaleza. A operação é realizada em 33 municípios do Ceará. Participam da operação Aditum 3 350 policiais civis. As primeiras fases da operação foram realizada nos anos de 2018 e 2019. E, a partir de celulares apreendidos e dos depoimentos colhidos nas duas operações anteriores, segundo o delegado geral da Polícia Civil, Marcus Rattacaso, foi montado um quebra-cabeça para chegar até os detidos na operação deflagrada nesta quinta, 27. Em Fortaleza, duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e, no Interior Sul, um flagrante pelo mesmo e pela posse de três armas de fogo.
O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Harley Alencar Filho aponta que o nascedouro da organização criminosa alvo de hoje é o estado de São Paulo, portanto, é o Primeiro Comando da Capital (PCC). Um total de 145 pessoas estavam em unidades penais do Estado e 43 estavam em liberdade.
A operação iniciou na madrugada desta quinta, 27, com apoio de 350 policiais civis, entre delegados, escrivães e inspetores. De acordo com o delegado Fernando Menezes, diretor do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil, a intervenção demandou certa complexidade porque a Polícia teve de dividir em quatro núcleos operacionais de atuação: Capital, Região Metropolitana, Interior Norte e Sul. A Polícia segue em atividade na tarde desta quinta-feira, 27. “A demanda repassada por meio das investigações e a quantidade de alvos envolvidos tende a dar seguimento não só na data de hoje, mas nas datas que se sucederem para que possamos ter êxito no cumprimento dos mandados”, informa. Para os alvos que não forem localizados nesta quinta, 27, haverá novas diligências da Polícia para prender os suspeitos.
Simultaneamente, a Polícia Federal realiza outra operação no Ceará, e cumpre 12 mandados contra lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O nascedouro da organização criminosa alvo da operação desta quinta é o estado de São Paulo, segundo informa o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Harley Alencar Filho. Portanto, trata-se do Primeiro Comando da Capital (PCC). Dos 220 mandados de prisão, 145 pessoas estavam em unidades penais do Estado. "Nessa fase da operação, fomos um pouco mais além. Nós mapeamos e atacamos toda a cadeia hierárquica, em todos os níveis de atuação desse grupo criminoso, os seus respectivos componentes foram capturados", informa
Segundo o delegado Fernando Menezes, diretor do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil, a operação objetiva o combate à atuação de organização criminosa com expansão no Estado. "A operação visa, em especial, tirar de circulação pessoas ligadas à prática de crime de trafico de entorpecentes, homicídios, lavagem de dinheiro e ao crime organizado", disse em entrevista nesta manhã ao programa O POVO no Rádio, na rádio O POVO CBN.
Ele afirma que o trabalho está tendo apoio de todos os departamentos operacionais da Policia Civil, como também dos setores de inteligência. Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), na coordenação das ações está a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com o Departamento Técnico Operacional (DTO).
Harley detalha que a prisão realizada nesta quinta comprometeu todos os níveis hierárquicos da organização criminosa. Além do geral das armas, responsável pelo controle e abastecimento de armamento, o grupo também tinha o "geral da rua", pessoa encarregada de orquestrar a ação dos componentes da quadrilha que se encontram em liberdade.
Ainda participam policiais civis dos departamentos de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), de Recuperação de Ativos (DRA), além dos departamentos de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), Metropolitana (DPJM), do Interior Sul (DPJI-Sul), do Interior Norte (DPJI- Norte), de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).